sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mulheres em chamas



Bom, depois deste título, aposto que já consegui a sua atenção.

Um empresa de TV paga realizou uma pesquisa para definir o perfil do assinante dos canais de sacanagem. O resultado indicou que os telespectadores são homens e mulheres das classes A e B, com idade entre 25 e 45 anos, com curso superior completo e culturalmente ativos.

Sacou o detalhe-chave? Vou repetir: "homens e MULHERES...". Então, entre os 200 mil assinantes dos ditos canais adultos, há uma cacetada de meninas (idade entre 25 e 45 anos, lembra?) que gosta muito de ver um vuco-vuco na telinha.

Seria mais ou menos assim: a guria chega do trabalho após um dia estressante, come um pratinho light para não sair da dieta e vai relaxar vendo o horário nobre da TV. Entre "Pantanal" e "A Favorita", a jovem moça pode optar por conferir um filminho básico com a Bruna Ferraz ou com a Jenna Jameson.

Se você é menino, sabe bem de quem estou falando. Não se faça de desentendido...

Esse ato inocente derruba uma porrada de paradigmas relacionados ao voyeurismo feminino. Rapidinho, olha só essas cinco conclusões que tive:

1. Mulheres gostam de ver.
2. Mulheres consomem produtos da indústria do sexo.
3. Mulheres curtem uma sacanagem explícita.
4. Mulheres não acham esse tipo de entretenimento o fim do mundo.

E a mais desesperadora:

5. Se necessário, mulheres se viram bem sem a presença masculina.

Como não tenho acesso imediato ao IBOPE, minha pesquisa são as pessoas que me cercam. Então, com muito óleo de peroba na face, fui perguntando para as minhas amigas se elas se amarram num filme de saliência.

- Eu a-do-ro! - revelou uma ex-namorada.

Putz, como eu não percebi isso antes?

- Olha, ver nem me apetece. Mas, ser filmada é uma idéia interessante - essa foi genial. Fantasias sexuais com câmeras despertam minha criatividade e o diretor de cinema que existe em mim. Nunca havia pensado nisso.

- Já vi alguns. Eles não me excitam, mas acho muito curioso. Acho tudo tão artificial que beira o bizarro, e como tudo que é bizarro, prende a atenção - pondera Camille, mocinha culta pra caramba.

Ilka, blogueira e leitora gente fina, teve diversas experiências com o tema:

- Sozinha, eu já vi filme erótico, mas sem sexo explícito, só insinuação. Acompanhada, já vi vários. Filme erótico é legal. Instiga. Eu curto, e acho fresca a mulher que diz que é nojento e tals.

Agora, para coroar a verdade visceral de Brigite:

- Olha... eu adoro um filminho. Vejo sozinha, acompanhada, e gosto tanto da putaria em si quanto da produção das meninas... make up, botas, calcinhas lindas e safadas. Gosto tanto de filmes héteros, gays, lésbicas e outros mais trash. Não gosto muito daqueles filmes brasileiros pobres, sabe? Pentelhos demais, caras e bocas bregas e atores brucutus. Ah... nem sou tão fã dos gemidos exagerados.

Como eu adoro a sinceridade das minhas amigas.

Aliás, só mesmo uma menina para ver um filme desse estilo e ficar reparando nos detalhes técnicos. Fotografia e maquiagem? É ruim, hein? Certas percepções são muito femininas mesmo. Esse paradigma não cairá jamais.



QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?

Amiguinho, depois de um texto sobre a ingenuidade infantil, você me aparece com uma dissertação sobre filmes de safadeza? Então, tá. Aprenda: uma das pragas do mundo moderno é a facilidade de isolamento. As pessoas têm Internet em alta velocidade, quinze mil canas de TV a cabo, comércio eletrônico, msn lotado, 500 amigos no Orkut etc etc. O que as impediria de ter sexo acessível a qualquer momento, mesmo sozinhas? Aí é que entra a praticidade da sacanagem via cabo (no sentido da TV, amiguinho tarado). Esse isolamento de todos dá nisso (dar, no bom sentido, amiguinho). O que antes era uma tara masculina, agora se abre democraticamente às mulheres. É a geração "Sex and the City", que pode ser romântica, profissional, pudica e companheira, mas também pode se divertir horrores com um rabbit (não, queridinhos, não se trata do coelhinho da Páscoa). É um mundo estranho mesmo. Por essas e outras, eu não arredo o pé de Etérnia. Amiguinho, não rabisque seus livros ou faça "orelhas". Isso é um sacrilégio. Até a próxima!!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Esperteza de criança 2

Voltarei a um tema inocente, como já fiz antes. Não resisto. Histórias de crianças costumam me interessar, pois os pequenos são naturais e têm reações francas. Isso gera situações inusitadas, como a protagonizada por Darlene, Luisinho e Andrezinho.

Darlene estava grávida e Luisinho já dava sinais de que não estava com muito saco de esperar o nono mês. Sentindo que a família iria crescer a qualquer momento, ela começou a preparar Andrezinho, o primogênito, para a chegada do irmão. Aos três anos e alguns meses, o moleque queria saber de tudo.

- Mãe, como o Luisinho cabe aí na sua barriga?

- Mãe, o Luisinho vai morar com a gente?

- Mãe, o Luisinho parece com você ou com o papai?

- Mãe, ele será mais novo ou mais velho?

O moleque chegava a fazer até perguntas difíceis...

- Mãe, como o Luisinho entrou aí?

Darlene se virava como podia diante das questões do filho mais velho.

Mãe tem uma paciência de Jó...

Certa noite, Darlene resolveu sair para jantar com o marido. Andrezinho percebeu a movimentação e já foi metralhando suas perguntas:

- Mãe, você vai para onde?

- Mamãe vai sair com o papai, filhote.

- Oba, quero ir.

- Você não pode ir, querido. Só os adultos saem à noite.

- Mas, que quero ir.

- Não dá, filhote. A mamãe e o papai levam você para sair amanhã, tá? – Darlene tentou negociar diante do beiço do moleque.

- Eu quero ir... buááááááá...

- Filhote, só os adultos podem ir.

- Então, por que o Luisinho vai?

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinhos, as crianças de hoje em dia são absurdamente espertas. Deve ser culpa dos trangênicos, do buraco na camada de ozônio, da poluição, da TV a cabo, sei lá. Andrezinho deve ter sido amamentado com leite materno e Red Bull, mas esse é um caso à parte. Mas, crianças são crianças. Por mais malandras e salafrárias que sejam, todas ainda se rendem a um bom filme da Disney. Diante de moleques em prantos, só o Nemo salva! Amiguinho, procure enxugar entre os dedos após o banho. Até a próxima!




A aldeia global do Papai Smurf #10

Salve, salve! Papai Smurf está de volta com dicas de cinema, de ondas sonoras e de performances ao vivo, que estão por vir. Os shows que estão por vir valem à pena. Espero que você não tenha gastado mundos e fundos para ver a Madonna. Divirtam-se!





NA TELONA: Papai Smurf é macaco velho nas salas de cinema, mas não costuma ficar estarrecido com o que vê. Ao longo de suas aventuras na platéia escura, apenas dois filmes me causaram um desconforto. O primeiro foi "Dançando no Escuro", drama hardcore do Lars Von Trier com a Bjork no papel principal. O segundo petardo foi "Madrugada dos Mortos", terror absoluto dirigido pelo talentoso Zack Snyder. "Ensaio Sobre a Cegueira" conseguiu o feito de ser o terceiro elemento. Assim como os outros dois, "Ensaio" tem uma visão humanista (desumanista, melhor dizendo) e clima de pesadelo. A história sobre uma epidemia de cegueira que varre o mundo e poupa apenas uma mulher fica cada vez mais tensa e angustiante. A "cegueira branca" definida no filme vai conduzindo personagens ao fundo do poço. Danny Boyle tentou mostrar esse aspecto bárbaro do homem em "Extermínio" e "A Praia", mas não chegou nem perto. A solidão do legal "Eu Sou a Lenda" é alegoria perto do desespero imposto por Fernando Meirelles à excepcional Julianne Moore. Aliás, Julianne é um diamante. Eu já gostava dela em tempos de "Boogie Nights", mas ela se supera. No cast do filme, ainda estão Gael Garcia Bernal, Danny Glover, Mark Ruffalo, Alice Braga e um casal de japoneses que não sei o nome. O time globalizado, sob a batuta de um diretor brasileiro, em um filme baseado em um livro português dá o tom internacional à produção. E dá um orgulho danado ver um diretor latino mandando bem assim. Vá ver, mas não espere sair do cinema feliz e saltitante.

NO PALCO: Alegrai-vos, fãs do rock! R.E.M, Offspring e Maroon 5 (este, apenas no Rio) estão com shows agendados para terras brasileiras. Dias 4 e 6 de novembro, os californianos do Offspring estarão em Porto Alegre e Rio, respectivamente. O R.E.M. visitará os pampas, no dia 4, e a Cidade Maravilhosa, no dia 8. O Maroon 5 apresenta seu pop rock de FM em apenas um show nas terras cariocas, dia 7. Se você não esvaziou o cofrinho para ver a danada da Madonna, escolha um desses e aproveite. Se quiser uma dica, eu recomendo o trio liderado pelo Michael Stipe, que fez um show antológico no Rock in Rio 3.

NO RÁDIO: Não sei por que cargas d'água, fui ouvir rádio na noite de segunda-feira. Pois estava passando um programa esquisitíssimo chamado "Nômade". O DJ tinha um sotaque estranho e as músicas eram totalmente inusitadas. Durante minha trajetória, ouvi bandas da Espanha, da Índia, da Itália e até do Iraque. O tal DJ se chama Paco Pigalle. Claro que achei o tal programa muito legal. Vale uma visitinha ao site da Oi FM para mais informações: http://www.oifm.com.br/. Bons sons!



sexta-feira, 10 de outubro de 2008

As 10 mulheres mais belas do cinema

Mais um meme (seja lá o que isso signifique). Novamente, a iniciativa parte do Vulgo Dudu, o cara com as mais honestas dicas de cinema da blogosfera. Dessa vez, o tema é "As 10 mulheres mais belas do cinema". Convite feito, convite aceito.

Quem quiser seguir a brincadeira, fique à vontade. Não vou chamar ninguém em especial, pois sei que a galera vai entrar na dança espontaneamente. Só peço que me chamem para ler (e babar) nas suas indicações. Meninas, se vocês quiserem citar seus musos (eca!), o jogo é o mesmo.



Angelina Jolie
Colocar a patroa do Brad Pitt em uma lista de musas do cinema é tão óbvio quanto citar Pelé, Garrincha, Maradona e Obina no ranking dos melhores do futebol universal. Fazer o quê, né? Suas curvas e sua boquinha dengosa preenchem meus sonhos. O mais cativante dessa bela morena é que ela tem jeito de mulher de verdade. Daquelas que saem para comprar pão, ou que acordam cedo para levar as crianças ao colégio - só para ficar com a casa livre e praticar o bom sexo selvagem e desregrado. Amém, Angelina, amém!



Scarlett Johansson
Outra figurinha evidente em uma lista de beleza. Loira e gostosona, Scarlett tem olhos de malícia e carinha de dominadora. Ela exala sexo sem fazer esforço. Recentemente, ela gravou um disco. Deslumbrante como é, Scarlett pode cantar até "A Dança do Quadrado" que já agrada.




Sharon Stone
A loira! O que seria do cinema sem a sua cruzada de pernas fatal? Sem ela, "Instinto Selvagem" seria apenas mais um suspense com mulher pelada, daqueles que passavam na Sexta Sexy. Ouso dizer que Sharon sedimentou o movimento feminista. Ela provou que a mulher pode falar de sacanagem, dar, e não ligar no dia seguinte. Mulherada, rendam graças à Sharon!



Jessica Rabbit
Em pleno filme infantil que uniu a Disney e a Warner Bros, o decote delicioso de Jessica Rabbit atingiu adultos, adolescentes, idosos, vivos e mortos. Seu vestido vermelho, olhos cintilantes e curvas demoníacas a colocam em pé de igualdade com qualquer musa de carne e osso.







Sophia Loren
Nos tempos em que as musas do cinema tinha o ar blasé das divas loiras americanas, Sophia Loren enfiou o pé na jaca. Fora dos padrões magros e dos ângulos retos, a italiana era estupidamente gostosa e tinha ar de safadeza. Ela era uma fatura só: seus olhos faiscavam luxúria, seus lábios eram convidativos (antes mesmo da Angelina), suas pernas eram fartas e os seios eram volumosos (100% originais de fábrica). Enfim, as curvas da Sophia Loren vieram para quebrar a ditadura da beleza fininha.




Salma Hayek
"Um Drink no Inferno" é um filme trash divertidíssimo. Tem bandidos maus, vampiros malignos, sangue aos litros, tripas, diálogos sensacionais e Salma Hayek dançando de biquíni (e com uma anaconda no pescoço). Como assim, né? Latina e farta em gostosura, Salma é mulher por atacado.







Jessica Alba
Do mesmo jeito que Salma Hayek deu um tempero sexy a "Um Drink no Inferno", Jessica transcendeu em gostosura no violentíssimo "Sin City". Robert Rodriguez, que não é bobo nem nada, plagiou a si mesmo e repetiu a sua fórmula: botar uma delícia quase desconhecida dançando em algum traje esquisito. Bingo! Jessica requebrando com roupinha de vaqueira foi o momento tesudo do filme. Depois disso, o collant do Quarteto Fantástico também contribuiu para destacar sua forma impecável.



Liv Tyler
Certos títulos de filmes se explicam em uma única cena. Liv Tyler lavando um carro em "Que Mulher é Essa?" justifica tranquilamente o nome escolhido. Mas, a garota vai além. Sua beleza chega a ser um insulto. Seja no modelo gostosa-safada ou com pitadas de inocência ("Beleza Roubada", lembra?), ela abusa. Ouso dizer que ela tem o beicinho mais cativante da sétima arte. Outra característica que me chama atenção é a vasta cabeleira castanha, esvoaçante, inebriante. Ah, Liv... se você soubesse como eu sou facinho.



Charlize Theron
Eis o milagre da compensação: um nome feio desses para uma mulher estupidamente linda. E vou além: Charlize é belíssima e tem um dos sorrisos mais sinceros do cinema. Ela sorri e tudo ao redor se ilumina. Não sei se é percepção minha, mas também acho que ela é uma das raras atrizes loiras que não parecem ser feitas de porcelana.







Kim Novak
Conheci Kim em "Vertigo" e fiquei estarrecido com sua elegância, sua imponência. Claro que a fotografia magistral do filme do Hitchcock colaborou, mas seu rosto gelado e seu olhar de desdém me conquistaram. Adoro mulher marrenta. Kim Novak tem aquele jeitão de mulher madura, que discute política entre os amigos, mas que adora sussurrar saliências ao pé do ouvido.


domingo, 5 de outubro de 2008

Inês, a ex

Em pleno almoço de sábado, Aparício me ligou. Ele queria conversar e sugeriu que fôssemos caminhar na praia.

Vagabundo que me telefona para andar na praia está querendo chorar milongas. Tenho certeza!

Aceitei. Não estava com muito saco, mas amigo é para essas coisas. Na pior das hipóteses, eu poderia admirar algumas belas representantes do sexo feminino tostando ao sol da primavera carioca.

O começo da nossa conversa chegou a contrariar minha previsão de chororô. Discutimos política, eleições e até a crise financeira internacional. Essa introdução estilo Manhattan Connection durou cerca de dez minutos.

- Acho que estou apaixonado.

Bingo! Meu faro para marmanjo chorão não falha.

- Que bom, cara. Quem é a sortuda?

- Inês.

- Peraí, a sua...

- Ex.

- Eita!

Ex-namorada é cargo vitalício. Já escrevi isso antes. Além de título eterno, a ex-namorada também é que nem McDonald's. Por quê? Ora. Você sabe onde fica, sabe que faz mal, mas acaba comendo.

- Como assim, cara? Achei que você já tinha superado a Inês. Venhamos e convenhamos, faz quase dois anos que vocês romperam.

- Bicho, eu sei.

- E de onde diabos saiu essa recaída retardatária? Nunca vi nada igual.

- Posso te confessar uma parada?

- Claro! Vim ouvir seu drama. Ou você acha que eu vim para admirar algumas belas representantes do sexo feminino tostando ao sol da primavera carioca?

- Acho que nunca deixei de amar a Inês. Sabe, durante esse tempo todo, meu maior medo foi não conseguir amar outra mulher do jeito que eu a amei. Cara, não sei explicar. Toda música bonita que ouço parece ter sido inspirada nela. Todo filme legal me faz ter vontade de ligar para conversar e contar minhas impressões.

Poxa, se ele tivesse dito isso para a garota, duvido que tivessem terminado. Mas, fazer o quê, né? Homem é um bicho com reações lentas.

- Aparício, meu velho, pelo que eu sei, a fila dela já andou. Ela já está sob nova direção há um bom tempo.

- Eu estou ciente.

- E, então? Você vai brotar de um passado distante e pleitear um segundo mandato? Rapaz, sem querer ser pessimista, mas não é bem assim que a banda toca.

- Ela não está feliz.

- Como você sabe?

- Eu sei. Só isso.

- Ah, agora sim. Com essa justificativa sólida e embasada, você deveria ligar para ela agora. Quer usar o meu celular, que está com crédito?

- Fiquei sabendo pelas amigas dela.

- Opa, agora tudo muda de figura. Amigas são fontes confiáveis, mesmo as "dedo-duras". Falando sério, talvez você devesse ligar para a Inês.

- Já fiz isso. Engoli toneladas de orgulho e liguei para ela. Não sei o porquê, mas senti que as coisas não estavam legais com a Inês.

- "Sentir" não é argumento.

- Agora, estou confuso. Quero voltar, mas não sei se é a melhor atitude. Se eu tivesse certeza absoluta que ela está feliz, eu jamais tentaria qualquer reaproximação. Você sabe o quanto eu quero vê-la bem.

- Eu sei, Aparício.

- E o que você acha que devo fazer?

- Bom, o primeiro passo foi dado: você fez contato e deixou claro que está em campanha. Sabe, rapaz, acho que as mulheres são as mais indicadas para lhe dar pitacos. Eu tenho uma fonte inesgotável de conselhos.

- Como assim?

- Eu tenho um blog. Posso publicar o seu drama?

- Você tem blog?

- Tenho.

- Coisa de viado.

- Pois é, pois é. Posso?

- Manda ver. Não custa nada tentar.

Queridas leitoras e amigos de cuecas, essa é a história de Aparício, o homem que se viu perdidamente apaixonado pela ex-namorada. Segundo ele, o amor permanece vivo em ambos os lados. Particularmente, eu já vi muitos casais romperem, e reatarem meses ou anos depois. Como já pincelou Vinicius de Moraes, "a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida".


QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?

Amiguinho, você lembra das leitoras, mas esquece do Homem Mais Forte do Universo e a sua ampla variedade de conselhos irados? Que falta de consideração. Mesmo sem que você tenha pedido, vou dar minhas dicas de valor inestimável ao pobre Aparício, que está sapateando em campo minado. Mas, vejamos pelo lado bom: ele botou a cara para bater e as mulheres respeitam esse tipo de atitude kamikaze. Se ela realmente não estiver bem com o atual gestor (como ele insistiu em dizer), a pulga está lançada atrás da bela orelhinha de Inês. Ela vai pensar e repensar o caso. He-Man sabe que eles acabaram numa boa (dentro das circunstâncias), então nada está perdido. Agora, ele deve ser paciente. Isso vai levar tempo, mas se ele está convicto de suas intenções, então a paciência e a perseverança devem ser suas melhores amigas. Amiguinho, evite andar por ruas escuras ou vazias. Sua segurança começa por você mesmo. Até a próxima e boa sorte para o Aparício.