sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011




Feliz 2011, moçada! Aproveitem este ano como se fosse o último. Sabe como é, né? 2012 vem logo depois...

Brincadeira! Que o ano novo seja extraordinário!!!


domingo, 26 de dezembro de 2010

Se meu apartamento falasse...

Tânia é uma moça portuguesa que conheci em Dublin. Ela é adorável, mas tem um talento ímpar para reclamar. Aliás, essa sua peculiaridade a torna uma pessoa especial e fonte de diversão garantida em reuniões ao redor de uma boa garrafa de vinho.

Mas que seja vinho branco, pois Tânia não gosta de vinho tinto. E se for para petiscar algo, que seja algo diferente de queijos, pois Tânia detesta queijos. Sobremesa? Nada de chocolate. Aliás, como
alguém pode odiar chocolate? Pois é, Tânia odeia. Tânia é ótima!

Em mais uma noite de frio irlandês, Tânia veio nos visitar para jogar conversa fora e comer uma pizza (sem queijo). Após algumas horas, ela abriu o seu coração e nos revelou um problema com seus últimos flatmates (ou colegas de apartamento, se preferir).

Era uma vez...

Toda noite, às 2 horas da madrugada, o casal que dividia o apê com Tânia era invadido por um fervor sexual. Até aí, tudo bem. O problema é que o casal tinha interesse em compartilhar seu momento de diversão com o mundo através de gritos. Segundo o relato da minha amiga portuguesa, parecia que um filme pornô bem clichê estava sendo filmado no quarto ao lado.

Tânia comprou tampões de ouvidos e se mudou para um novo apartamento.

Os novos flatmates eram um casal de poloneses e uma menina croata. Tudo parecia normal, até que certa noite ela foi acordada por rugidos. O casal da Polônia também tinha uma frequência sexual digna de pombos ou coelhos. Eles não gritavam, mas rugiam, rosnavam, grunhiam e outros verbos que denotem manifestações animais.
A diferença é que o ato podia acontecer na madrugada, à tarde, pela manhã, no banheiro, no quarto ou onde mais a curiosidade (e flexibilidade) polonesa permitisse. Tânia está indignada e desesperada. Durante os momentos animalescos, ela já bateu portas, caminhou com botas pelo corredor de madeira, bocejou alto e tentou chamar a atenção em diferentes maneiras. Porém, sem sucesso...

Nós, amigos que testemunhamos seu relato, lhe oferecemos quatro opções. No café da manhã após uma noite de urros, ela deve encarar o casal e:

a) Perguntar ao polonês como ele consegue ter tanto... vigor.
b) Perguntar à polonesa como ela consegue andar no dia seguinte.
c) Olhar para o casal e dizer graaaau! (com direito à mão direita em forma de garra arranhando o vazio).
d) Perguntar se há espaço para mais um na brincadeira.

Como o blog do Surfista Platinado também é um serviço de utilidade pública, qual a sua dica?

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, como He-Man é misericordioso e benevolente, o espaço para as lições está aberto aos leitores. Só vamos lembrar que todos temos amigos com crises ranzinzas. Enjoy it!






sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Que linda a neve lá fora...

Amigo leitor, companheiro e cúmplice de tantos devaneios e estripulias, eu estou puto da vida! Enquanto o Brasil está tostando sob um sol abrasador, a boa e querida Irlanda está virando picolé. Neva incessantemente e os aeroportos ao longo do Velho Continente estão fechados e/ou congelados. Os voos cancelados não têm previsão de retorno. O viajante que gostaria de passar as festas de fim de ano em Paris, por exemplo, só poderá embarcar no dia 26 de dezembro. Se o infeliz quiser ir para a Polônia, só no dia 27. Se tiver muita pressa, as companhias que se arriscam a voar cobram a merreca de 300 euros por trajeto.

Convenhamos, não há espírito de Natal que aguente...

Já que estou irritado, deprimido e amargurado, vou destilar meu fel aqui mesmo, celeiro de tantas histórias felizes e bem-humoradas.

Como cantam as torcidas, "acabou o amor. Isso aqui vai virar um inferno"...

Então, neva bastante. Não, neva pra Ca#@lho! A neve que antes era fofinha, agora é um pé no meu saco. Lembra do exemplo do viajante que embarcaria para a França e ficou ilhado (literalmente) na Irlanda? Pois é, é o meu caso.

Mas e o que mais afeta tanto o irritado blogueiro? Como diria o esquartejador da Eliza Samúdio, vamos por partes...

1. Como se não fosse suficiente morar na Irlanda durante a maior crise econômica da sua história, ainda tenho o prazer ímpar de experimentar o inverno mais rigoroso de todos os tempos. Pelo que ouço, não faz tanto frio aqui desde o tempo em que o mamute Manfred, o bicho-preguiça Sid e o tigre dentes-de-sabre Diego caminharam sobre a face da Terra.
2. Com a crise, o pânico e a recessão se apoderam da outrora sólida economia irlandesa. Como consequência, os empregos ficam mais disputados e até uma vaga de lavador de pratos está difícil.
3. Eu consegui um emprego! E na minha área! Eba! Que feliz eu sou! Eu estaria ainda mais saltitante se eu fosse remunerado. O trabalho que descolei é baseado em comissões e ainda estou suando a camisa de grátis. Oba! Não é lindo?
4. Lá fora ainda é dia e faz um frio de -5°C (sensação térmica de -10°C). Para que o aquecedor do meu apartamento não me leve à falência, eu escrevo este relato em um café perto de casa. Aqui tem um moca gostoso e wifi 0800.
5. Como boa parte da população de Dublin é formada por estudantes estrangeiros, quem conseguiu escapar da neve já picou a mula para algum outro país. Resumo da ópera: muitos dos meus amigos estão longe.
6. Meu joelho dói bisonhamente. Um ano e meio após a cirurgia, pisei em falso e alguma caca aconteceu. Como sou um imigrante legalizado, (semi)desempregado e duro, não posso pagar 80 euros por seção de fisioterapia e convivo com a dor. Morro de medo de ter que operar de novo.
7. Com o frio e a tensão, sofro com uma insônia feladaputa. Antes, bastava eu encostar no sofá para dormir que nem uma princesa de contos de fadas. Agora, eu só consigo pregar os olhos depois das 3 ou 4 horas da madrugada.
8. Ih, parou de nevar. Agora está chovendo pedrinhas de gelo. Iupiii!
9. Com a nevasca, Dublin encara engarrafamentos quilométricos. Bom, este item não me afeta, pois faço todos os meu trajetos a pé, mas já que estamos reclamando de tudo...
10. Voltou a nevar... Taquelpariu! O vídeo abaixo ilustra o meu estado de espírito...


QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, He-Man está propenso a dar umas boas espadadas no seu bumbum para que você aprenda a ser menos resmungão. Vai acabar pegando uma úlcera ou pedra nos rins. Você está vivendo uma experiência única e ainda tem a cara de pau de ficar se lamuriando. Meu brother Papai Noel vai riscar o seu nome da sua lista de entregas. E no mais, tá achando tudo ruim? Liga para para a KLM e remarca o seu voo de volta. Passar bem!!! Amiguinho, já que estamos em clima de Natal, lembre do pimpolho JC e siga suas lições de camaradagem e amor ao próximo. Até a próxima!!!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Do you wanna a plaza?

Mais uma aventura internacional que descola um espacinho no bloguinho do Surfista Platinado.

Cristóvão é um brasileiro que mora na Irlanda e costuma passear pela Europa sempre que pode – leia-se quando tem euros sobrando e tempo disponível. Certa vez, comprou passagens baratas pela Ryanair e foi conhecer Zurique, na Suiça. Chegando lá, seguiu o procedimento padrão de turista: saiu andando e fotografando tudo que via pela frente.

Ao anoitecer, estava em uma rua no centro e parou para fazer fotos da arquitetura local. Percebeu a aproximação de uma moça de aparência bastante atraente.

- Bla-bla-bla-em-alemão... plaza? – perguntou ela. Cristóvão só conseguiu identificar o "Plaza" no final da frase.

- I'm sorry? – respondeu ele em inglês.

- Do you wanna a plaza?

- No, thanks. I don't smoke.

- Brazilian?

- Yes.

- Eu também sou brasileira.

- Ah, que coincidência. Tudo bem?

- Tudo. Então, você quer um boquete?

Q
UAL A MOR
AL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, muito cuidado ao pedir um cigarro em Zurique. Na dúvida, peça um Marlboro. Até a próxima!!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Corpo (da Madonna) em evidência

Minha admiração pela série "Sex and the City" é pública e notória. E olha que é preciso ser bem macho para admitir um negócio desse abertamente. Já manifestei tal simpatia por Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda em um post anterior. Resumindo o que foi dito, acho que as aventuras retratadas no programa serviram como um marco no feminismo do século XXI. Só que eu esqueci de uma figura que foi crucial no pensamento-calcinha de dar para quem quiser. Uma figura que soube se reciclar com o tempo e inserir ingredientes eróticos no mainstream. Uma figura que foi uma mãe para meninas e meninos gays. Uma figura chamada Madonna.

Caceta! Madonna e "Sex and the City" no mesmo parágrafo? Provavelmente, esta é a introdução mais gay da história deste blog. Será que ainda dá tempo de dizer que não sou uma tiete alucinada da Madonna? Até gosto dela, mas nada de exageros.

Enfim, eu e você, leitor heterossexual, devemos muito à nossa querida Madonna. Quando sua carreira caminhava para torná-la mais uma Cindi Lauper ou Paula Abdul da vida, a jovem cantora enfiou o pé na jaca e percebeu que poderia ser a porta-voz de muitas outras meninas cansadas da caretice vigente nos anos 1980. E assim foi...

A história você conhece: Madonna arrumou confusão com a Igreja Católica, brincou com a bissexualidade, publicou um livro com fotos eróticas, gravou um disco sapeca, fez uma turnê recheada de fetiches sexuais, gravou clipes salientes, inventou moda e mudou o penteado dezenas de vezes. A cada presepada, ela angariava mais fãs e recriava o termo popstar – sendo que, ao contrário do finado Michael Jackson, a cantora não se autodestruía. Era tudo pop! Para desespero das mamães pudicas, o pôster da Madonna estava nos quartos das suas filhotas (e filhotes).

Madonna é tão cult que até o Quentin Tarantino dedicou um memorável diálogo de "Cães de Aluguel" às interpretações dos versos de "Like a Virgin"...

Na virada dos anos 1980 para os 1990, nossa heroína sacudiu o establishment e plantou ideias reacionárias em cabecinhas acostumadas com desenhos animados e filmes da Disney. Madonna ajudou a sedimentar a liberdade feminina de namorar e sussurrar safadezas nos ouvidos dos amantes incrédulos.

Say my name, bitch!

Confesso que depois da fase safada, Madonna perdeu um pouco da graça. A onda macrobiótica, o caso com DJ brasileiro, o beijo na Britney Spears e a kaballah não me soam mais tão interessantes. Parece que são movimentos automáticos para continuar sob os holofotes. Sei lá, soa meio artificial. Prefiro os tempos das roupas de couro ou do refrão "like a virgin, touched for the very first time".



QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, este texto está meio esquisitão. O que os seus coleguinhas do jiu-jitsu vão pensar. Sei lá, hein? Bom, mas já que está aí, vamos ao trabalho. Madonna foi importante no movimento que você descreveu, mas ela foi uma causa ou consequência? Explico: ela desencadeou essa afliceta (google it!) toda ou pegou carona no rabo (ops!) do cometa? Seja lá o que tenha acontecido, reconheço que ela teve o mérito de ter a visão e mexido os pauzinhos (ui!) corretamente. Ela soube analisar o cenário e personificar a imagem que estava em falta. Enfim, mérito dela. Amiguinho, bons contatos são sempre importantes na sua vida profissioanal. Mantenha bons contatos. Até a próxima!!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que aconteceria se...

Um início bem nerd...

Aprendi a ler folheando revistas em quadrinhos. Comecei com a Disney, pulei para a Turma da Mônica e me encantei pelos heróis da Marvel (antes mesmo da DC). Os personagens de collants coloridos me acompanham desde a pré-adolescência e foram importantes na formação da minha cultura pop. Entre as sagas épicas, havia uma série que eu gostava muito: "What If" (segundo a tradução "O que Aconteceria se..."). Estas aventuras contavam histórias em um universo paralelo, a partir da mudança de um único evento na vida de alguém. Basicamente, eram abordagens do tipo "O que Aconteceria se Wolverine tivesse matado o Hulk?", "O que Aconteceria se Homem-Aranha não tivesse se casado com Mary Jane?" ou "O que Aconteceria se os X-Men tivessem morrido na 1ª missão?".

De certa forma, era uma perspectiva superficial da Teoria do Caos ou do Efeito Borboleta. OK, fim do prólogo nerd...

Onde quero chegar é que instantes da sua vida se tornaram cruciais para o momento que você vive hoje?

Eu tenho alguns momentos que julgo fundamentais:

:: O dia em que perdi a entrevista de estágio em uma empresa de TV a cabo.
:: O dia em que quebrei um dente jogando futebol.
:: O dia em que fui demitido de uma grande empresa.
:: O dia em que abri uma empresa.
:: O dia em que comprei a passagem para a Irlanda.
:: O dia em que terminei um namoro antes do Natal de 2006.
:: O dia em que passei uma cantada na menina loira que ajudava na festa junina.

Claro que os momentos podem ser menos evidentes, como o ônibus que você perdeu ou a semana em que você pegou dengue e ficou sem sair de casa por alguns dias.

Toco neste assunto porque um evento em particular tem reflexos muito claros na minha saúde hoje.

:: Certa noite, em julho de 2009, eu fui jogar bola com os amigos do trabalho. A partida estava quase acabando. Era o último lance e eu tentei defender uma jogada adversária com a perna esquerda. Naquela fração de segundos, eu rompi os ligamentos do joelho. De lá para cá, passei por uma cirurgia delicada, nunca mais joguei futebol, minha paixão pelo jiu-jitsu está limitada e sinto gotas de suor frio a cada estalo que ouço na perna esquerda. Enfim, meu tesão esportivo nunca mais foi o mesmo desde aquela noite. Se eu pudesse escolher um instante para mudar em minha vida, eu optaria por aquela noite, por aquela jogada no último minuto. Eu tiraria a perna e evitaria o choque.

Hoje, moro na Irlanda e meu joelho parecia estar recuperado. Até ao jiu-jitsu eu voltei (mesmo com restrições), mas uma inocente brincadeira na neve me jogou na realidade dos meus limites. Meu joelho está enfaixado e estou rezando todo dia para que a médica irlandesa que me atendeu esteja certa: "aparentemente, não foi nada. Vamos aguardar uma semana para a dor diminuir".

Eu estou no aguardo, mas sei que é um aviso superior. "Game over para as suas brincadeiras, rapazinho!"

E você? Repito a pergunta: que instantes da sua vida se tornaram cruciais para o momento que você vive hoje?

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, será que He-Man terá que abrir os ensinamentos do dia com um clichê do tipo "há gente em condições muito piores e você reclama da vida?". Faça-me o favor, né? Uma amiga japa disse que tudo acontece quando deve acontecer. Claro que He-Man sabe que esta é uma forma conformista de verificar o caso, mas e daí? Somos seres pensantes (uns menos, certamente), e uma das formas de exercitar o pensamento é buscar consolo religioso, filosófico ou afetivo. Seja lá o que for, pense sempre no lado bom. Cientificamente, pensar positivo ajuda. O sapiente (não saliente) He-Man sabe disso bem antes de "O Segredo" virar bestseller. Ah, lembre-se que as conclusões de "O Que Aconteceria se..." eram quase sempre trágicas. Amiguinho, honre seus compromissos e não se atrase. Até a próxima!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Cheers, Natal!

Em 2007, eu visitei Natal, Rio Grande do Norte. Em minha passagem, percebi duas características marcantes da cidade. A primeira foi a beleza natural da região. A segunda (e principal) foi a qualidade do povo natalense. A recepcionista do hotel, os vendedores de camarão, os taxistas, as artesãs da feirinha de Ponta Negra... todos eram de uma simpatia incrível.

Você pode até dizer que isso é uma obrigação local, já que Natal é uma cidade turística. Pois eu te respondo, nobre leitor, que Búzios, no Rio de Janeiro, é tão turística quanto Natal e a moçada de lá não faz muita questão de ser amistosa. Na verdade, Búzios é fria com os visitantes.

O que torna Natal ainda mais especial é que mesmo à distância, o povo de lá continua demonstrando um imenso carinho por mim. Graças a esse humilde bloguinho, mantenho contato com os natalenses e sou alvo de muitas gentilezas. Concluindo, graças às aventuras do Surfista Platinado, natalenses do Brasil e da Irlanda se mobilizaram para tornar a minha estadia em Dublin ainda mais agradável. É uma justa "rasgação de seda", não?

Esse tipo de coisa não tem preço e eu jamais vou esquecer! Obrigado, Natal!