Mulheres têm TPM. Eu tenho o Flamengo. Pouquíssimos elementos existentes entre o céu e a terra têm o poder de interferir tão diretamente no meu humor. Resumidamente, quando o Flamengo joga, o tempo fecha. Não atendo o telefone, não sou gentil, não sou politicamente correto e fico perturbado. Eu viro bicho. Se o time ganha, eu fico nas nuvens, mas se perde... sai de baixo. Quem já leu "Febre de Bola", do Nick Hornby , sabe como me sinto.
- Me leva ao Maracanã. Quero ver um jogo do Flamengo com você – Elis pediu ao mesmo tempo que me encarou com aqueles olhos azuis do tamanho do mundo.
- Você já viu algum jogo do Flamengo? – perguntei.
- Dois.
- E como foi?
- Nunca ganhou. Foi goleado pelo Palmeiras e empatou com o Cruzeiro – congelei. Esse é o tipo de informação que eu poderia ter ficado sem saber. Ir ao Maraca é um ritual sagrado e a menina tinha uma era glacial inteira em cada pé.
- Olha, Elis, é um programa perigoso, e também tem...
- Por favor – aqueles olhos azuis imensos me desarmaram. Quando percebi, eu estava atravessando o Túnel Rebouças rumo ao estádio. No cd-player, ela botou "He got game", do Public Enemy. Uma mocinha que curte essa música merece meu total crédito. Mas, o pé-frio não me deixava tranqüilo.
Ai, ai, ai...
Escolhi a dedo um jogo contra um time de fora do Rio e sem nenhuma tradição. Tinha que combater o retrospecto negativo da Elis e manter a imagem de bom rapaz. A vítima seria o Náutico.
Chegamos ao Maracanã e parecia final de campeonato. Um verdadeiro oceano vermelho e preto. Caímos da fila do estacionamento da UERJ para deixar o carro em segurança. O raio da fila não andava e faltavam dez minutos para a bola rolar. Eu já ouvia a massa cantando e comecei a suar frio. Só restava um carro na nossa frente. A agonia estava perto de acabar. O carro entrou e o guarda fechou o portão.
- Lotado!
Nããããããão!
E o jogo começou. Pensei que teria um infarto. Como aquele mundo de gente, seria mais fácil achar uma virgem na PUC do que uma vaga perto do Maracanã. Nesse momento, Elis fez o que faz de melhor: foi espetacular.
- Seu guarda, vem aqui, por favor – o pobre coitado veio.
- Lotado, senhora.
- Poxa, só faltou a gente. Eu e o meu irmão pegamos um trânsito terrível. Deixa a gente entrar e esperar uma vaguinha lá dentro.
- Mas, senhora, veja bem...
- Por favor...
Zapt! O cara foi pego como eu pelos olhos azuis gigantes. Ficou de queixo caído e fez o que qualquer homem com o mínimo de vergonha na cara faria.
- Claudecir, libera mais esse.
Entramos e achamos uma vaga em menos de cinco minutos.
O jogo? Ah, o jogo foi sofrido, mas tudo acabou bem. O Flamengo fez dois a um no Náutico. Imagina se aqueles 11 marmanjos iriam contrariar aqueles olhos azuis.
- Me leva ao Maracanã. Quero ver um jogo do Flamengo com você – Elis pediu ao mesmo tempo que me encarou com aqueles olhos azuis do tamanho do mundo.
- Você já viu algum jogo do Flamengo? – perguntei.
- Dois.
- E como foi?
- Nunca ganhou. Foi goleado pelo Palmeiras e empatou com o Cruzeiro – congelei. Esse é o tipo de informação que eu poderia ter ficado sem saber. Ir ao Maraca é um ritual sagrado e a menina tinha uma era glacial inteira em cada pé.
- Olha, Elis, é um programa perigoso, e também tem...
- Por favor – aqueles olhos azuis imensos me desarmaram. Quando percebi, eu estava atravessando o Túnel Rebouças rumo ao estádio. No cd-player, ela botou "He got game", do Public Enemy. Uma mocinha que curte essa música merece meu total crédito. Mas, o pé-frio não me deixava tranqüilo.
Ai, ai, ai...
Escolhi a dedo um jogo contra um time de fora do Rio e sem nenhuma tradição. Tinha que combater o retrospecto negativo da Elis e manter a imagem de bom rapaz. A vítima seria o Náutico.
Chegamos ao Maracanã e parecia final de campeonato. Um verdadeiro oceano vermelho e preto. Caímos da fila do estacionamento da UERJ para deixar o carro em segurança. O raio da fila não andava e faltavam dez minutos para a bola rolar. Eu já ouvia a massa cantando e comecei a suar frio. Só restava um carro na nossa frente. A agonia estava perto de acabar. O carro entrou e o guarda fechou o portão.
- Lotado!
Nããããããão!
E o jogo começou. Pensei que teria um infarto. Como aquele mundo de gente, seria mais fácil achar uma virgem na PUC do que uma vaga perto do Maracanã. Nesse momento, Elis fez o que faz de melhor: foi espetacular.
- Seu guarda, vem aqui, por favor – o pobre coitado veio.
- Lotado, senhora.
- Poxa, só faltou a gente. Eu e o meu irmão pegamos um trânsito terrível. Deixa a gente entrar e esperar uma vaguinha lá dentro.
- Mas, senhora, veja bem...
- Por favor...
Zapt! O cara foi pego como eu pelos olhos azuis gigantes. Ficou de queixo caído e fez o que qualquer homem com o mínimo de vergonha na cara faria.
- Claudecir, libera mais esse.
Entramos e achamos uma vaga em menos de cinco minutos.
O jogo? Ah, o jogo foi sofrido, mas tudo acabou bem. O Flamengo fez dois a um no Náutico. Imagina se aqueles 11 marmanjos iriam contrariar aqueles olhos azuis.
10 comentários:
" seria mais fácil achar uma virgem na PUC do que uma vaga perto do Maracanã"
De onde o SENHOR tirou isso???????
caracaaa... vim conhecer esse tão famoso Blog e me deparo com essa comparação chula!!!!
Doug Doug ... ai ai ai
hahaha)Beijos
Preciso conhecer essa espetacular Elis pra ver se aprendo a desarmar um homem t�o bom com as palavras.
Imagino os olhos azuis misturado ao cen�rio alucinante que � o Maracan�.
Estou amando seu blogger, vou chamar minhas amigas pra lerem tb.
Adorei que vc ganhou seu dia. hahaha
Bj
Olha aí... Falando mal da pobre Elis, quando você também já foi chamado de pé frio! Hahaha! Sacanagem...
Contra o Náutico não vale. Confesso que só fui ao Maraca para ver como o estádio tinha ficado após o Pan.
Belo esrito! Abs!
Ha quem diga que o pé frio é voce hein.....
Imagino como voce ficou vendo o Toro isolar a bola no segundo final do jogo contra o palmeiras....
DANI, você conhece a Lenda da Ponte das Sete Virgens da PUC? Pois bem, reza a lenda que quando sete virgens passarem por aquela pontezinha, a mesma desabaria. Bom, ela está lá até hoje.
ROSA, cada mulher tem suas armas particulares e sua arte própria para desarmar um sujeito.
VULGO E PEDRINHO, foi-se o tempo em que eu gelava o Maraca. O restrospecto tá 100%.
Obrigado a todos pelas visitas.
Bom texto. Ainda precisa de uma polida na forma, mas o conteúdo está bom.
Vamos ver se o padrão melhora com o passar do tempo.
Abs
O Justo, muito Justo, Justíssimo
ANÔNIMO, estou sempre querendo melhorar. Para o horizonte e além! Te vejo no seu casório.
Amei o texto! Mas já vi aqui em cima que a pé frio não sou eu não!!! Juntaram dois pé frios e o Mengão ganhou! ;)
E eu não sei pq a pontezinha da Puc ainda não desabou!! Espero que não desabe comigo em cima!! ehehhee..
Beijos
ELIS, a musa! Que honra em receber sua visita. Meus pezinhos não congelam mais o Flamengo.
Hummmm... eu tenho a ligeira impress�o que conhe�o a Elis!!! hihihihi...
Da pr�xima vez eu quero ir ao Maraca com voc�s!!! Pode deixar que n�o sou p� frio n�o!!! hihihihi
beijinhos, paz e bem!!!
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