E mais uma edição do Rock in Rio foi para a conta. Durante
sete dias, headbangers de camiseta preta, meninas de shortinho jeans, “vipinhos” e “vipões” de
todas as partes do país se encontraram sob o sol escaldante da Cidade do Rock.
Seja pela telinha HD do Multishow ou diretamente de Jacarepaguá, o maior
festival do Brasil reuniu uma cacetada de lições. Veja o que aprendi:
:: Chefe é chefe! O show de Bruce Springsteen foi épico, monumental. O cara
cantou, dançou, tocou, pulou, correu e suou litros em mais de duas e meia de
apresentação. E fez tudo isso com uma alegria de quem tá curtindo cada
instante. Estou na dúvida sobre quem é mais simpático: Bruce ou Papa Francisco.
:: Ainda sobre Bruce Springsteen: esse senhor de 64 anos
mostrou mais disposição em duas horas que o time inteiro do Flamengo durante
todo o Campeonato Brasileiro.
:: Assim como em 2011, Dinho Ouro Preto ainda não descobriu
que passou dos 17 anos.
:: David Guetta fez o show mais fácil da história do Rock in
Rio: ligou o iPod, apertou o play e ganhou uma mala de dinheiro.
:: As fãs do David Guetta seriam as”periGuettas”?
:: No clima politicamente conturbado do país, as bandas
nacionais deixaram recados politicamente corretos sobre as manifestações. Não
tenho opinião formada sobre a validade dos depoimentos. A certeza é que tocando
ou não no assunto, todos seriam criticados.
:: Florence, cantora do Florence and the Machine, fez uma
apresentação onírica. Eu terminei o show acreditando que, a qualquer momento,
ela se revelaria como uma elfa e voaria de volta para o seu país de origem na Terra Média.
:: O Canadá merece um embargo econômico ou sanções rigorosas
da ONU. O país é a origem de Justin Bieber, Bryan Adams, Celine Dion, Shania
Twain, Avril Lavigne, Nelly Furtado e, agora, o Nickelback. Tá certo que Neil
Young, Rush e Wolverine são canadenses, mas nota-se um nítido desequilíbrio.
:: O cenário pop nacional está entregue ao marasmo. Da
edição de 2011 para cá, tivemos vários repetecos no palco principal: Skank,
Jota Quest, Frejat, Ivete Sangalo e Capital Inicial. Só faltou o Paulo Ricardo.
:: Bon Jovi provou que é “sujeito-homem”. Pegar a Maria
Bethânia diante de 85 mil testemunhas no local e outras milhões em rede
nacional merece meu total respeito. Jon, sou teu fã!
:: Toda edição do Rock in Rio deve ter um banda mascarada.
Em 2011, tivemos o ótimo Slipknot. Em 2013, foi a vez do esquisito Ghost BC. Corre
à boca pequena que a família Medina já começou as negociações com Patati &
Patatá.
:: Melhor tweet temático que li foi da @brunafeia: “Jessie J
careca = linda. Eu careca = presidiária”.
::Mesmo fantasiado de garçom ou dançarino de gafieira, Justin
Timberlake promoveu vários orgasmos femininos simultâneos.
:: Que venha 2015!
:: Que venha 2015!
HE-MAN?
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