
Não sei a origem e as razões psicológicas desta fixação, mas é público e notório que a maior fantasia do homem é levar duas mulheres para a alcova. Bom, duas ao mesmo tempo, sendo bem claro. Tobias conseguiu este feito e sem contratar profissionais do vuco-vuco para esta performance.
Como sempre, este blog conta o milagre mais muda o nome do santo. Neste caso, ele bem que poderia liberar, pois isso é mais que uma conquista, é quase um portfólio, um case de sucesso. Enfim, vamos respeitar a privacidade do Tobias.
Era um vez...
Em um papo sem grandes pretensões, Tobias lançou a ideia de um mènage. Jogou o verde ao vento sem qualquer esperança de colher maduro. Falou quase por falar.
- Eu topo - respondeu a moça, seu affair do momento.
Nosso herói não perguntou uma segunda vez nem buscou explicações. Mergulhou no catálogo de periguetes das suas redes sociais para conciliar o evento, à infraestrutura e à agenda das artistas. Prospectou por três semanas e já estava quase entregando os pontos. Esse tipo de "sim" tem validade curta. Mas, ao apagar das luzes, surgiu uma aventureira com as palavras mágicas:
- Eu topo.
Marcou um jantar no seu apartamento e botou na cachola um mantra: "aja como se nada de mais estivesse acontecendo".
Uma convidada trouxe petiscos. A outra trouxe uma garrafa de vinho. Tobias providenciou um macarrão safado para enganar o estômago. O prato principal era outro.

Aja como se nada de mais estivesse acontecendo.
Comeram o macarrão malandro. Beberam o vinho. Tudo como se fosse uma reunião de catecismo. Conversaram sobre trivialidades. Ao fim, Tobias botou um filme para rodar. Escolheu um título ruim. Na verdade, um filmeco horroroso, meticulosamente escolhido para não desviar atenção. No mais, todos agiam como se nada de mais estivesse acontecendo.
Tobias sentou entre as moças. Em 10 minutos de filme, ele colocou a mão sobre a perna da menina da direita com naturalidade de quem bebe um copo d'água. Pouco depois, pousou a outra mão sobre a perna da outra guira como se nada de mais estivesse acontecendo. Nenhuma chiou. Trinta e quatro segundos depois, ninguém era mais de ninguém. Nenhum dos três lembrou do tal DVD medonho. Todos agiram como se nada de mais estivesse acontecendo. Cada uma voltou para sua respectiva casa sem qualquer comoção. Quando ficou sozinho, Tobias libertou o grito de gol.
- Yeeeeeeaaaaaaaahhhhh!
Ninguém é de ferro.

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, hoje aprendemos uma importante lição. Tobias e as suas convidadas tiveram uma experiência baseada na espontaneidade e no conceito semicomunista do "o que é meu é seu. O que é seu é nosso. Eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem". Todos sabiam o que queriam, mas ninguém estava bufando que nem animais no cio. Tudo rolou em ritmo de harmonia. Se rolasse na base da pressão, o climax seria cortado. He-Man está muito Marta Suplicy hoje. Só falta mandar o Maluf calar a boca também. Boa ideia. Cala a a boca, Maluf. Amiguinho, pense duas vezes antes de imprimir e gastar mais uma folha de papel do mundo. Até a próxima e use sempre camisinha!!!