segunda-feira, 28 de março de 2011

Intimidade

Sou um cético quando o assunto é amizade sincera entre homens e mulheres. Na maioria esmagadora das vezes, alguém pode pegar alguém em algum momento.

Você acha que não tem nada a ver? Então, dorme de conchinha com o seu amigo(a).

No entanto, é possível encontrar exceções, como é o meu caso com Violeta. Quando a relação é isenta de segundas intenções, é possível registrar um diálogo de pura intimidade como este:

VIOLETA: Voltou quando da Irlanda?

EU: Há poucas semanas.

VIOLETA: Você está muito magro. Lá não tinha comida, não? Passou fome?

EU: Estou no peso ideal.

VIOLETA: Sei não. Homem magro demais parece doente.

EU: Olha quem fala. Você tá pele e osso.

VIOLETA: Tô nada. Estou gostosa.

EU: Tá magrela e com os peitos caídos. Já está segurando uma caneta embaixo dos seios?

VIOLETA: Pior que estou.

EU: É a idade.

VIOLETA: É ruim, hein? Tô com vários gatinhos me cercando.

EU: Seu gosto é duvidoso. Lembro de um casinho seu que era mais peludo que o Tony Ramos. Parecia o Chewbacca.

VIOLETA: Pior que era. Você casa quando?

EU: Quando eu ficar rico.

VIOLETA: Ih, tá ferrado. Vai ficar para titio. Coitada da menina.

EU: Olha a suja falando do mal-lavado.

Rimos horrores.

VIOLETA: Que bom que você voltou. Tava com saudade.

EU: Eu também.



QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, que momento fofo, meigo e mimoso. He-Man não vai ficar rasgando seda, mas são momentos tolinhos como esse que tornam as pessoas especiais. Aproveite-os! Amiguinho, programe o seu tempo para não fazer as suas coisas às pressas. Até a próxima!!!

sábado, 19 de março de 2011

As aventuras de John Wayne

Esta é uma história (real, óbvio) para que as pessoas não reclamem mais dos seus nomes de batismo. Veja como uma homenagem pode virar uma maldição na vida de um indivíduo.

Era um vez, há 20 e poucos anos, em um cartório na Baixada Fluminense...

PAI: Boa tarde!

ESCRIVÃO: Boa tarde! Tudo bem com o senhor?

PAI: Tudo na santa paz.

ESCRIVÃO: Então, como é o nome da criança?

PAI: John Wayne [sobrenome].

ESCRIVÃO: Hein?

PAI: John Wayne, meu filho. O cowboy dos filmes.

ESCRIVÃO: Quem?

PAI: Anota aí, rapaz: John Wayne [sobrenome].

ESCRIVÃO: Errr... o senhor manda.

Rio de Janeiro, 20 e poucos anos depois...

EU: Opa, como vai? Douglas. Prazer.

INFELIZ: Joene. Prazer.

EU: Hein?

INFELIZ: Longa história...

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, o Homem Mais Poderoso do Universo é compreensivo com os pais que querem destacar os seus pimpolhos entre milhões de Joões, Josés, Pedros e Felipes. Mas se rolar uma criatividade, pelamordedeus, anota o nome certo do ídolo. Não deixa na cultura geral do escrivão, ouj o cara pode entrar no time do Athirson, Fellype Gabriel, Richarlyson e Maicossuel. Joene (aka. John Wayne) que o diga. Amiguinho, gula é feia e faz mal à sua saúde. Até a próxima!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Adivinha, doutor, quem tá de volta na praça!

Pois é, voltei! I'm back! O bom filho à casa torna.

Segundo o comentário de LEE em outro post, "definitivamente, você combina muito mais com o calor do Rio do que com o frio da Irlanda". Fiquei encucado. Será? Não sei mais. Me adaptei rápido à Ilha Esmeralda. Acho que me adapto bem a qualquer lugar. Agora, sinto um vazio esquisito. Acho que MARIA estava certa, eu sou um cara enraizado.

Enfim, voltei. E compreendi como nunca o que Tom Jobim quis dizer quando escreveu a música abaixo.


sexta-feira, 4 de março de 2011

A canção da vingança

Ah, a vingança. Troco. Revanche. Vendeta. O prato a ser servido frio. A inspiração para tantas tragédias gregas. O combustível de A Noiva para sobreviver e matar Bill. A motivação de Conan, o Bárbaro. O rancor em ação. Enfim, uma das características mais humanas entre todas as possíveis e o principal ingrediente da história de Clementina, grande amiga minha e bem gata, por sinal.

Mas, a história de Clementina começou com outro ato muito humano: a traição.

Após seis anos de namoro, nossa heroína descobriu que seu namorado estava pulando a cerca. Ela não contratou detetives, não pegou o cara com a boca na botija, não ouviu fofocas ou desconfiou de algum comportamento suspeito. Clementina achou tudo no Facebook.

Breve resumo do caso: por conta do seu trabalho, Aderaldo (o namorado sapeca) viajava muito. Eram semanas (ou até meses) em Angola, México, Moçambique, Venezuela e onde mais houvesse um empreendimento da sua empresa. Clementina aprendeu a lidar com a situação e segurava a barra durante os períodos de distância. Chegou até a se acostumar. Pronto. É isso.

Só que um belo dia, uma amiga lésbica de Clementina estava flertando com uma modelo mexicana. Como é muito comum hoje em dia, elas se "adicionaram" no Facebook. Para a surpresa de todos, foram descobertas fotos de Aderaldo entre beijos e abraços com a menina da terra do Chaves.

Caceta, tá certo que o cara deu um mole monstruoso ao se deixar fotografar, mas que azar, hein? O cidadão ciscou fora do terreiro lá na capital do México e foi descoberto no Rio de Janeiro através do Facebook. Rede social é fogo!

No mesmo dia, Clementina soube do caso e apurou detalhes. Terminou o relacionamento, entrou em depressão, chorou litros e perdeu 8 ou 9 quilos.

Amiga leitora, quer emagrecer? Descubra que está sendo traída.

Enganada e deprimida, Clementina deixou brotar em seu coração abatido a semente da vingança. Aderaldo seria punido em seu orgulho de macho. O telefone dele tocou e era ela.

- Quero que você saiba uma coisa, seu babaca. Lá na academia tem um gatinho que está me cantando há meses. Eu nunca dei bola, mas agora vou dar bola e muito mais. Vou sair com ele e vou deixar ele me comer de todas as formas possíveis e imagináveis. Vou fazer compras na sex-shop e dar para ele dos jeitos que eu nunca dei para você. Vou fazer o cara quicar e bater no teto. Tchau!

- Clementina, peraí. Vamos convers...

Desligou!

De fato, ela saiu com o "gatinho da academia". Realmente, ela deu para ele. A parte tragicômica da vingança é que quando ela disse que queria ser comida de todos os jeitos possíveis, o cara ficou intimidado e não conseguiu. Diante de tal pedido, ele ficou tímido.

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, na qualidade de Homem Mais Poderoso do Universo, He-Man não tem medo de nada. Na verdade, quase nada. He-Man tem um leve medinho de mulher traída. Pois é, quando quer se vingar, a mulher enganada fica criativa de um jeito que Deus me livre. Bom, com a proximidade do Carnaval e o advento das redes sociais, He-Man prevê que vários relacionamentos vão por água abaixo por causa de fotos indiscretas. A lição é: anda na linha, amiguinho. E evite câmeras. Ah, e falando no carnaval, que invenção dos infernos é essa espuminha, hein? Até a próxima!!!