domingo, 12 de junho de 2011

Paula Burlamaqui e eu


Infelizmente, mulheres não compreendem alguns comportamentos primários dos homens. Um deles é o apego a certos objetos. Por exemplo, eu tenho um tênis xexelento que me acompanha há anos. Ele está quase furando, mas veste que é uma beleza. Também já ouvi namoradas de amigos meus reclamando de certas camisas que os seus respectivos nunca abandonam. Chegam a fazer terrorismo: "qualquer dia desses, vou botar essa porcaria no lixo sem que ele perceba". Maldade. E neste contexto, há um item cuja relação as meninas jamais compreenderão: as revistas masculinas.

Eu usei a palavra "relação" propositalmente. O homem cria um envolvimento quase afetivo com certas revistas. Vamos combinar, que para certos adolescentes é quase como uma namorada.

Realidade virtual é um conceito muito amplo, especialmente neste caso, não é mesmo? O moleque pode namorar a Jessica Alba, a Feiticeira, a Viviane Araújo etc, sem que elas saibam. A milenar arte do cinco-contra-um é uma densa manifestação do amor platônico em seu aspecto mais lascivo. E ainda tem a vantagem delas não cobrarem presente no dia 12 de junho.

Veja o meu caso. Eu tinha uma edição da Paula Burlamaqui que era tratada com extremo carinho. Tive até um casinho com a primeira edição da Carla Perez (com cabelo ruim e tudo) e uma aventura com a Scheila Carvalho, mas jamais repeti a sinceridade que dediquei à Paula. A única que me balançou foi a Tiazinha. Aquela máscara e aqueles peitinhos honestos estremeceram a minha relação com a "Burlamáquina". Superamos!

Tenho um amigo que lembra com muita saudade da Mara Maravilha e sua Playboy com temática indígena. Confesso que só fui ver o "ensaio" após o advento da Internet. Quando eu era guri, a edição Mara era quase um Santo Graal. Poucos tinham. Aliás, fui criança nos anos 80 e essa década foi cavernosa no quesito capas de revista. Só mesmo um estudo antropológico pode explicar como Yoná Magalhães, Hortência, Lucélia Santos, Elba Ramalho e Rosenery (!!!) Fogueteira (em edição especial (!!!!!!!)) alcançaram o status de símbolos sexuais. Só Luciana Vendramini (que tinha o fetiche de ser Paquita e menor de idade) faria bonito até hoje. Creio que ela está no mesmo nível da Mara Maravilha.

Os tempos mudaram. Assim como música digital, a
garotada não precisamais pedir para alguém maior de idade comprar a revista. A internet está aí para isso. Perdeu a aura de conquista, de vitória. "Caceta, consegui a Playboy da Monique Evans. Saca só!". Além do mais, hoje as capas da Playboy estão muito agressivas, masculinizadas. Tem mulheres com pernas mais musculosas que as minhas. E olha que tenho pernas maneiras. Cadê a inocência dos peitos naturais da Luiza Brunet? E as pernas bailarinas da Claudia Raia (ainda com cabelo armadão)? As coxas da Valeska Popozuda parecem as do Roberto Carlos, ex-lateral do Corinthians e do Real Madrid. Por mais gostosa que seja, Gracyanne Barbosa tem um físico de lutador de MMA. Hmmm... isso desperta certas criatividades. Imagina esta mulher te finalizando no triângulo?

E você, qual foi a sua Playboy inesquecível? Abra o jogo, vote ao lado e comente aqui.

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho de mão cabeluda, o padrão estético e o conceito de gostosura é um assunto muito denso. Veja o caso das musas pintadas na Renascença. Todas "cheinhas", com barriguinhas salientes e braços rechonchudos. Era o tipo de mulher que você só pegaria no fim da noite ou para fazer score no micareta. Vida que segue. A única unanimidade imortal é este que vos escreve. He-Man era, foi e sempre será top e referência de beleza naturalmente esculpida pela natureza. Amiguinho, lave as mãos após usar o banheiro. Até a próxima!!!

6 comentários:

Thaís Alves disse...

Como única menina no meio de muitos primos, amiguinha muito mais de meninos (porque meu lance era jogar futebol - salão, botão, etc) e como filha do tarado do meu pai, posso dizer de carteirinha que já tive nas mãos muito mais Playboy´s do que muito marmanjo por aí! Com o tempo obviamente peguei gosto pela leitura da revista (é verdade!), e talvez seja o que me faz discutir com meu marido se uma mulher é gostosa ou não sem aquelas "merdinhas" femininas. Mas a minha playboy inesquecível foi a primeira que eu mesma fiz questão de comprar (aos 16, 17 anos), da Vera Fisher já com 48 anos e aquela mata atlântica na frente. Ainda assim, a honestidade de sua beleza torna a revista um marco para mim. A revista me marcou anos mais tarde com o relato de Zéu Britto sobre Cláudia Ohanna, "Hino de Louvor à Raspada". Por diversão, se você não conhece, vale a pena escutar! hauhauaha
Muito engraçado seu post! E me lembre de não apertar sua mão em um improvável encontro por aí! hauhauaha
Abç!

Sandro Ataliba disse...

Assino embaixo o post. Se eu tivesse pensado em escrever, não seria tão "eu".

Minha infância/adolescência pelo jeito foram na mesma época, e até entendo seu apego pela "Burlamáquina" (com todo respeito). E concordo sobre as dublês de Schwarzenegger de hoje em dia versus os peitos sinceros de outrora.

A minha relação foi um pouco mais tarde, com a especial da Christiana Oliveira (92), embora confesse tê-la traído algumas vezes com a morena do poster central. Coisas de adolescente. rs

Seus textos continuam hilários.

Abraço

Surfista disse...

THAIS, eu lhe cumprimentarei com a mão esquerda, pois sou destro!

SANDRO, as "modelos" do pôster central eram aventuras inconsequentes. O amor irrestrito era apenas dedicado à capa!

Maria disse...

a minha playboy inesquecível é a da galisteu (o ensaio na grécia)

já que vc perguntou... hahahahha

Navegante disse...

Olha que maravilha esse seu post nostálgico... Lembrei na hora das minhas primeiras namoradas: Cibele Sá (capa da Ele & Ela dos primórdios dos anos 80) e Luma de Oliveira (na capa da Playboy quando ela ganhou um concurso entre playmates do mundo inteiro).

E eu era dos felizes possuidores da playboy da Mara - e não desencantei nem mesmo depois de saber que colocaram fita adesiva nos seios dela (estrategicamente cobertos com seus cabelos) pra dar uma melhorada nas fotos. Essa era pré photoshop era muito cruel com as musas

Anônimo disse...

Adorei este post!! Porque me lembrou a volta do jogo da despedida do PET!!
Beijos
Aninha