segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lições que aprendi no Rock in Rio 4

Acabou o Rock in Rio. Podemos seguir nossas vidas normalmente, sem perder madrugadas para admirar o Stevie Wonder, curtir o Coldplay ou rir do Axl Rose. No entanto, um evento de tal proporção não passa sem deixar lições. Eu aprendi algumas.

:: É preciso ser muito adolescente, muito deprimido e/ou muito fã de "Crepúsculo" para ouvir um show inteiro do Evanescence e não sentir um desejo intenso de cortar os pulsos.
:: Não dá para botar a mão no fogo pelo Adam Levine, vocalista do Maroon 5 e dublador do Anderson Silva.

:: Após o show da Shakira, constatei que o Piqué, zagueiro do Barça, não tem do que reclamar na vida.

:: O Slipknot e o System of a Down me ensinaram que sou experiente para entrar nas pancadarias da plateia e sair ileso, mas meu fôlego e minha paciência para isso estão menores.

:: Se o Tico Santa Cruz, do Detonautas, quiser abandonar a música, ele pode ser palestrante motivacional.

:: Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, precisa ser alertado que ele não tem mais 17 anos.

:: Pitty é a Ivete do mundo bizarro.

:: Qualquer artista gringo soa amistoso e simpático falando palavrão e abraçando a nossa bandeira.

:: Assim como as verrugas do Lemy, as sobrancelhas do Samuel Rosa estão criando vida própria.

:: Como bem disse um camarada do Twitter (@reallucianogil), Ke$ha não é a Madonna, não é a Lady Gaga, não é a Britney Spears, não é a mamãe. Então ela é o quê? Um equívoco.

:: Em algum carnaval de anos atrás, Daniela Mercury, diva do axé, decidiu experimentar e colocar música eletrônica no seu trio elétrico. As críticas vieram aos montes. E agora, todo mundo acha que a moçada de camisa preta é preconceituosa porque não aturou axé no Rock in Rio. Irônico, não?

:: Claudia Leittttte chiou, esperneou e bateu pezinho após as críticas à sua apresentação. Alegou que os roqueiros se acham superiores. Quer saber? Cientificamente falando, são mesmo. Olha aqui o link: http://super.abril.com.br/superarquivo/2007/conteudo_503351.shtml.

:: Aprendi que eventos musicais também fazem o povo desfraldar bandeiras do Brasil e dos seus estados. No último dia do evento, vi até uma bandeira do Acre. E olha que eu achava que o Acre fosse uma invenção da Globo para fazer minissérie do grande Chico Mendes.

:: Acompanhar o Rock in Rio lendo o Twitter é uma experiência muito enriquecedora.

:: A memória poética de várias fãs outrora teenagers se acabou diante do Axl Rose mais gordo que o Ronaldo e fantasiado de ( ) O Máskara, ( ) Bob Esponja, ( ) Dick Tracy ou ( ) Cheetos Tubão. Escolha a melhor alternativa.

:: O problema do show dos Ganzeirozes nem foi o Axl fofucho, mas o conjunto da obra: a banda sem brilho, a impressão de cover dele mesmo, o excesso de estrelismo sem justificativa. A título de comparação, coloque Red Hot Chili Peppers e o Guns lado a lado. Ambos são contemporâneos.


PS. Eu conheço o Acre. Foi só uma piada, tá? Já Roraima...


QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, hoje aprendemos uma importante lição. O importante é nunca ser "velho" demais para curtir eventos de música ou "garotão" demais para topar qualquer perrengue. Eventos musicais são sempre divertidos, mesmo que você tenha que dividir espaço com outras 99.999 pessoas. Isso não é tão legal. Amiguinho, perfume não é vinho para guardar no armário por anos. Comprou, tem que usar. Até a próxima!!!

6 comentários:

Lina Reis disse...

Lições que eu aprendi com este post:

1- Vc também pode ser divertido escrevendo;
2- Estou na faixa etária de 26-35 (no 26 pra ser mais exata, pois essa faixa nova acabou comigo) e já me sinto velha demais para ir num SWU carioca;
3- A Ke$ha deve se 'keshar' dela mesma, pobrezinha;
4- Manda a Claudia Leite parar de 'extravasar' e tomar no...;
5- Continuo achando SOAD uma bosta, vejo Crepusculo e adoro a Amy Lee.

Sem mais.

Maria disse...

tô querendo uma palestra motivacional aqui em casa. se tiver o contato do moço, já sabe =D

Sandro Ataliba disse...

Não fui a nenhum dos shows, por vários motivos, mas assisti a muitos pela TV.

Concordo com praticamente tudo o que você falou. E confesso que senti uma leve inveja da parte "O Slipknot e o System of a Down me ensinaram..."

Eu sou da opinião de que o Guns acabou em 94. Antes disso, eu sabia todas as letras de todas as músicas, e levava a maioria no violão e no baixo.

Mais um post extremamente divertido.

Abraço,

Thaís Alves disse...

hahahaahahaha ri demais! Bem, eu não achei que nenhum dia que eu fosse ver 2 ou 3 bandas que acho fodas valia aturar as outras milhares de horas aturando coisa que eu não curto em pé cheirando suvaco. Foi com esta ideia que cheguei à conclusão que estou um pouco velha para festivais...rs Mas continuo com animação total para pagar o mesmo preço por apenas um show, mas que eu vá curtir a apreciar do começo ao fim, sendo que este fim chega em 2 ou 3 horas e não em 12 rsrsrsrs. Vi os shows pela tv e concordo com todas observações bem humoradas!

Acrescento que Joss Stone é foda e até agora não sei pq n tava no principal. E Cold Play foi o único momento que eu realmente lamentei não estar lá, eles fizream um show mto mais elétrico do que geralmente costumam fazer. A noite mais rock de todas também me deixou nostálgica em frente à TV...rs

Evanescence... bem, se eu já não era adolescente demais antes, agora então é que não faço questão de cortar os pulsos mesmo...rs

Beijos

Anônimo disse...

olá
encontrei seu Blog e gostei muito
estou te seguindo..
me visita
e segue se quiser
beijos

http://rgqueen.blogspot.com/

Navegante disse...

Lições que eu aprendi:

- Coldplay chegou lá com garra de final de campeonato. Mesmo que uns digam que eles abusaram do 'live' pra mascarar algumas falhas vocais do Chris Martin, o que importa é que foi um show totalmente antenado com o público

- Por mais importante que seja o seu compromisso no dia seguinte, NÃO CAIA NA BESTEIRA de perder o show do Metallica. Vou ganhar 20 chibatadas no inferno por isso

- Medina pode efetivar o cara que montou o palco Sunset pra cuidar do palco Mundo: várias atrações dali mereciam o palcão