
E quanto todo mundo imaginava que
a filha do Jon Voight já tinha aprontado todas as suas (belas) presepadas, eis
que ela vem a público e declara fez uma dupla mastectomia para reduzir as
chances de ter um câncer de mama. Até então, eu nem sabia o que significava a
palavra “mastectomia”. Descobri e fiquei estarrecido.
Carajo, rapaz! Angelina Jolie arrancou os peitos. Minha namorada fica
bolada quando corta a franja, imagina decepar as tetas.
Pois é, pensei assim mesmo. Minha
musa tirou os seios que já deram de mamar a seis filhos e alguns maridos. Rapidinho,
algumas figuras sugeriram um golpe da Angelina para aparecer. Caceta, e desde
quando ela precisa fazer uma bizarrice dessas para ganhar espaço na mídia? Se
ela entrar na fila do açougue, já vira capa de alguma revista Contigo da vida.
A revista Contigo ainda existe? Quando eu era pequeno, eu conhecia a
Contigo, a Amiga e a Manchete. “Aconteceu, virou Manchete”.
Exagero, descalabro ou maluquice,
a atitude da nossa heroína foi corajosa ao extremo. Alguém que vive da própria estética se
sujeitou a uma mutilação feroz. Sei que ela colocou próteses, mas não deve ser
a mesma coisa. Só sei que, mais uma vez, ela fez o que julgou correto.
E você sabe o que eu concluo dessa
história toda? Perdoem-me o atrevimento, mas afirmo que Angelina é o maior
símbolo feminista desta segunda década do século XXI. É musa, mas arregaçou as
mangas e assumiu posições diante de questões internacionais. Mais que isso, foi
além dos discursos de ar-condicionado e visitou países que eu não saberia nem localizar
no mapa - e ainda arrastou o maridão e a prole nessas peripécias. Foi rebelde,
ganhou um Oscar, continuou gostosa, tirou os seios e se expôs como
pouquíssimas. Angelina é uma força da natureza e exemplo para mulheres que
ainda ficam de mimimi quando quebram a unha.
Mal e porcamente comparando, acho
que Angelina está fazendo em nosso
tempo um estardalhaço equivalente ao que fizeram Leila Diniz, Simone de Beauvoir,
Luz del Fuego, Lady Diana Spencer, Amelia Earhart, Madonna e Carrie Bradshaw em
suas respectivas épocas. Que bom!
Ok, ok, Carrie Bradshaw é um personagem, mas, para mim, significou a
modernização do conceito de feminismo.
SHE-RA?
Amiguinho, diante da sua reflexão
sobre o universo menininha, tomei o lugar do meu irmão sarado e naturalmente
gostoso He-Man. Aliás, muito me impressiona ficar de fora da sua citação às
referências feministas. Logo eu, que sou a líder dos rebeldes de Etéria, tenha
uma espada com mais usos que um canivete suíço e uso uma roupa de chacrete. E
digo mais, antes de Ronda Rousey ser campeã mundial de MMA, eu já embolachava
muito vagabundo que se achava forte. Enfim, apontada a minha revolta, permita-me um
rápido e sucinto esclarecimento final: Angelina é foda e o resto é moda. Simples
assim. Amiguinho, tenha noção de ocasião e não discuta a relação em eventos dos
seus amigos. Espere o melhor momento. He-Man volta no próximo texto. Até
breve!!!