domingo, 29 de março de 2009

Os seguidores do Cabeça-de-Rádio


O show do Radiohead, no Rio de Janeiro, foi extraordinário. Foi espetacular, magnífico.

Engraçado como adjetivos que denotam grandiosidade são quase sempre polissílabos. Se eu dissesse que o show do Radiohead foi bacana ou legal, você não levaria tão a sério.

Mas, não é sobre a apresentação monumental de Thom Yorke e sua trupe que falarei. Meu alvo é o público que compareceu para ver o Los Hermanos, o Kraftwerk e, especialmente, o Radiohead.

A fúria da fã do Kraftwerk

Cassandra, minha estagiária gata e cheia de histórias maneiras, foi minha acompanhante neste show. Ela não conhecia nada do Radiohead ou do Kraftwerk, mas resolveu me acompanhar por duas razões: ingresso de graça e Los Hermanos.

Após a performance de Marcelo Camelo e companhia, foi a vez do Kraftwerk subir ao palco.

Eu me senti extremamente inculto e alienado das vanguardas musicais, pois fiquei indignado com quatro caras paradões diante de laptops. Sim, eu sei que tem todo um conceito robótico, mas dane-se!

- Cassandra, que parada é essa? Aposto que o cara da ponta está jogando paciência.

- E o do meio está vendo o orkut.

Rimos. Eis que uma garota virou-se para nós e sem qualquer cerimônia nos deu uma pequena aula da importância do quarteto alemão para a música, o universo, o sentido da vida e o mistério de Tostines.

- Esta foi a única música inédita que entrou em uma coletânea do Kraftwerk de 1994. Eles não lançavam um disco desde 1989, e blá-blá-blá.

Caramba, me senti um fã da Banda Calypso no show do Pink Floyd! Achei que só o Jamari França, de O Globo, tivesse esse conhecimento enciclopédico..

- E se você souber um pouquinho só de alemão consegue entender tudo o que eles dizem.

Nãããão? Jura? Se eu soubesse um pouquinho de latim, eu conseguiria entender canto gregoriano. Se é que isso se canta em latim.

Depois do esporro e da aula, a garota sumiu. Eu e Cassandra continuamos achando que o cara da ponta estava jogando paciência.

Cassandra e o assédio

No meio de "No Surprises", uma garota postou-se ao lado da minha estagiária. Após alguns instantes, começou a se roçar, se "aprochegar" com muita volúpia. No ápice da sedução, pousou a cabecinha no ombro esquerdo da minha amiga estarrecida. Só não foi além porque fui convocado. Botei o braço entre elas, o que seria a mensagem universal do "tá comigo, porra". A pretendente afastou-se, olhou para Cassandra e... foi para o lado direito e novamente colocou sua cabeça no ombro alheio.

Putz, senti minha moral na sarjeta. Virei o arroz, aquele que só acompanha. A garota ignorou solenemente a minha intervenção. Se fosse um outro cara, o tempo poderia fechar, mas como lidar com esse tipo de approach?

Com viu que não iria se dar bem, a garota sapeca decidiu ir azucrinar outras gatinhas.

PS. Cassandra é uma moça comprometida e não se permite a certos desfrutes.


QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?

Amiguinho, fala para o titio He-Man: é bom ser arroz? Um lição importante para se aprender é que mocinhas bonitas sempre vão despertar o interesse alheio. Como você estava fazendo o papel de guarda-costas, nada poderia ser feito. Aliás, o cara que se propõe a este papel está condenado a passar por situações do gênero em algum momento. Mas, não se iluda. Tais acontecimentos surreais podem figurar o show do Radiohead, do Calcinha Preta ou até da Filarmônica de Berlim. Amiguinho, sempre que arrumar o seu armário, procure se desfazer dos itens que não são mais usados. Até a próxima!!!

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domingo, 22 de março de 2009

As aventuras de Anette e o namorado-corrimão

Anette arrumou um namorado atencioso, gente-boa e trabalhador. Eles se conheceram em uma boate no centro do Rio e o interesse mútuo foi crescendo até que ambos chegaram à conclusão óbvia: desse mato sairia coelho. O que diferencia esse relacionamento de tantos e tantos outros é que o príncipe encantado de Anette é stripper.

Vou repetir para não restar dúvidas.

O príncipe encantado de Anette é stripper.

Estudante de jornalismo, Anette resolveu fazer um trabalho sobre as boates de striptease masculino. Como boa jornalista, decidiu realizar uma pesquisa de campo sobre o assunto. Visitou o Dito & Feito, lugar onde a chapa esquenta nas happy-hours do centro da cidade. Gostou do negócio e decidiu voltar para aumentar o seu conhecimento sobre o assunto. Voltou várias vezes.

Em suas visitas, passou a observar um dos dançarinos (se é que podemos chamá-lo assim). Na posição de pesquisadora imparcial e isenta, esperou o show acabar e foi bater um papinho com o Michael. Eles conversaram, conversaram e acabaram a noite se atracando.

Anette é uma pesquisadora muito dedicada.

Trocaram telefones e a estudante descobriu que Michael é apenas o nome de guerra. Por batismo e registro, Michael é Ubiraci.

Fora a profissão curiosa de Michael/Ubiraci, o namoro é normal. Enquanto ele não está requebrando e tirando fantasias de Zorro, marinheiro, policial e outros clichês, o casal vai ao cinema, frequenta restaurantes e curte uma prainha no fim da tarde, pois Michael/Ubiraci precisa dormir depois do batente.

Pode ficar melhor? Pode.

Segundo Anette, os dançarinos não ficam completamente nus. O striptease vai até a sunguinha. O grande desafio para o namoro com Michael/Ubiraci é a interatividade com o público. Depois de uma ou duas caipirinhas, as frequentadoras perdem qualquer vestígio de timidez. Vou além. As moças da plateia são possuídas por um instinto de desejo indescritível. Esse estado é manifestado por ações como subir no palco, distribuir tapinhas, bolinar os dançarinos e outras atitudes pouco cristãs.

Pois é, das 9 às 18 horas, elas são advogadas, secretárias, executivas, analistas, médicas e o escambau. Passou o horário comercial, elas se tornam fêmeas com hormônios enfurecidos. Que fofo!

Pode ficar melhor? Claro que pode.

Em um dos dias da semana, as fêmeas enlouquecidas têm um presente especial. Além de analisar a anatomia dos rapazes pelo método braile, o clube permite que as damas possam beijá-los na boca. E pode ir do estalinho adolescente até o chupão nervoso com meio-palmo de língua. Fica a gosto da freguesa.

- Calma, amor. É tudo profissional - Michael/Ubiraci sempre tentava amenizar a situação.

- Meu maior consolo é que elas podem tirar a casquinha que quiserem, mas quem fica com você no final das contas é a mamãe aqui - batia no peito Anette, que se tornou figurinha carimbada em todos os shows (posso chamar isso de "show"?) do amado.

Pode ficar melhor? Divinamente melhor? Óbvio que pode. Vem comigo...

Quando não está malhando ou curtindo a namorada, Michael/Ubiraci desenvolve atividades complementares ao Clube das Mulheres. Leia-se: despedidas de solteiras.

- Ah, não. Despedida de solteira é demais! Não tolero.

- Mas, amor. Elas pagam bem.

- Então, eu vou junto. Diz que sou sua empresária, leoa de chácara, assistente, sei lá. Dá teu jeito. Eu vou junto.

Michael/Ubiraci topou e Anette passou a acompanhar o namorado nas festinhas. Ela contou que não era tão bizarro. A mulherada enchia a cara, tirava as casquinhas básicas, pagava e fim. Anette ainda tomava uns drinks por conta da noiva.

Certo dia, Michael/Ubiraci e Anette chegaram a uma despedida de solteira no Leblon. Ao entrar no apartamento, havia apenas duas moças.

- Senhora, vamos esperar suas amigas chegarem, tá? – pediu Michael/Ubiraci.

- Não vai mais chegar ninguém. Pode começar – avisou a noiva.

- Michael, podemos ter uma palavrinha? – pediu Anette, com um sorriso amarelo.

- Se você dançar para essas duas vagabundas, está tudo acabado.

- Mas, amor...

- Escolhe, Ubiraci.

Gentilmente, Michael/Ubiraci pediu desculpas à noiva e à amiga e foi embora com a namorada. Ele alegou questões contratuais.

O namoro segue firme e forte até hoje. Durante o dia, Anette recebe torpedinhos inesperados com recados amorosos. Como disse, as fêmeas ensandecidas podem tirar a casquinha que quiserem, mas quem leva o stripper para casa é ela.



QUAL A MORA DA HISTÓRIA,
HE-MAN?

Amiguinho, esse é o mundo moderno. A coleguinha Anette tem o seu personal-homem-objeto, e nem precisa pagar por isso.A lição do megapower He-Man será curtinha e babona: quando se gosta, não tem jeito. A tolerância aumenta e os obstáculos ficam mais fáceis de vencer. O Homem Mais Forte do Universo não poderia participar de tais eventos libidinosos, pois além de colocar os demais strippers no chinelo, a sunguinha faz parte do seu dia-a-dia eterniano. Amiguinho, fique atento à nova reforma ortográfica da língua portuguesa. Pouca coisa mudou, mas fique de olho nos seus textos. Até a próxima!!!
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quinta-feira, 12 de março de 2009

A menina de vestido

Muitas vezes me surpreendo com o óbvio que ninguém percebe - inclusive eu. Não tem absolutamente nada a ver com sinais. É uma questão de (inconscientemente) ignorar o que está diante do nariz. Mais exatamente, o que está a poucos metros.

Marieta trabalha a exatos cinco passos da minha mesa. Ela é bonita, simpática, divertida e gostosinha. Mas, falta alguma coisa. Falta um tempero. É como se você estivesse faminto diante de um suculento filé mignon e na primeira mordida percebesse que o banquete tem gosto de tofu.

Se você for vegetariano, faça o mesmo exercício imaginando uma folha de alface ou uma cenoura. Cada um com o seu referencial.

Com o passar do tempo e da rotina profissional, Marieta virou paisagem.

Uma paisagem gostosa, admito. Mas, nada além disso.

Certo dia, entrei na sala como faço todas as manhãs e me deparei com uma figura próxima à minha mesa. Ela estava de costas, era loira e usava um vestido longo, porém rente ao corpo. O tecido florido fazia um contraste perfeito com os cabelos loiros pousados sobre os ombros. E a silhueta? Meu amigo, que silhueta! A roupa realçava as curvas da garota e destacava o quadril, o tórax e revelava a pele na medida certa do charmoso. Nada vulgar.

Oba, carne nova!

Aquele colosso de mulher percebeu a minha aproximação por trás – no bom sentido, é claro – e virou-se.

- Bom dia, Douglas.

Glup!

- Marieta... errrr... bom dia! Aliás, ótimo dia.

A paisagem minha de cada dia, aquela que fica a cinco passos, se tornou um fenômeno da natureza. Algo como um tsunami de sensualidade feminina. E tudo graças a um vestido florido e com o caimento ideal.

Particularmente, eu adoro mulheres de vestidos, mas esse não é o X da questão. A parada é como uma garota bonita, porém comum, multiplicou seu passe por mil sem fazer uma transformação total.

Sabe aquele programa Extreme Makeover, do People & Arts? Pois esse é o espírito da coisa. É como se Marieta antes fosse uma casinha simples e, subitamente, havia se tornado uma mansão de frente para o mar. E olha que ela nem precisou ser demolida. Bastou uma pintura nova.

Pois, olhando (e disfarçando a baba que escorria pelo canto da boca) a Marieta naquela manhã, fiquei matutando: quantas mulheres são estupidamente bonitas, mas não conseguiram libertar essa formosura toda? Quantas garotas ainda não descobriram o seu vestido estampado e libertador? Esse pensamento é altamente profundo.

E quantos caras estiveram assim como eu: cegos? O cidadão se queixa a Deus e ao mundo que não conhece nenhuma bela tchutchuca, mas esquece de olhar ao lado. O Zé Ruela está encostado na mina de ouro, mas está precisando de um estalo, de uma sacudida.

Em "Don Juan DeMarco", um dos meus filmes dos anos 90 favoritos, o quixotesco protagonista (Johnny Depp) comenta com o seu psiquiatra fascinado (Marlon Brando) algo do gênero, algo sobre ver além, descobrir e ser descoberto. Voei para o meu VHS, brinde da Revista Caras, e fui catar o que ele disse:

- Ao ver para além do que é visível a olho nu, há aqueles, naturalmente, que não partilham a minha percepção, é verdade. Quando eu digo que todas as mulheres são deslumbrantes belezas, eles negam. O nariz de uma é muito grande, os quadris de outra são largos demais, talvez o seios de uma terceira sejam muito pequenos. Mas vejo essas mulheres como elas realmente são: gloriosas, radiantes, espetaculares e perfeitas, porque, não estou limitado pela minha visão. (...) Assim, para responder à sua pergunta, eu vejo tão claramente como o dia que este grande edifício em que nos encontramos é a sua casa. E quanto a você, Don Octavio DeFlores, você é um grande amante como eu, mesmo que você tenha perdido o seu caminho e o seu sotaque.

Boa, Juan!

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, sabe o que detona a percepção do belo? Você matou a charada logo nos primeiros parágrafos do seu blábláblá. É a rotina, meu caro. Poucas coisas devastam mais o instinto predador de um homem e o encanto natural de uma mulher que o diabo da rotina. Por essas e outras, que o casca-grossa He-Man não cede aos padrões diários. Cada dia, eu vivo uma aventura diferente. Claro que você, amiguinho, não pode viver de peripécias, mas reserve um instante do seu dia para observar. Simplesmente, para olhar o que está ao seu redor como se fosse a primeira vez. Tenho quase certeza que você se surpreenderá tanto quanto o Surfista Platinado. Amiguinho, seja sempre cordial ao telefone. Uma entonação de voz cortês pode ajudar muito. Até a próxima!!!
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quarta-feira, 4 de março de 2009

O rapaz só sentado na última fileira do cinema

Foi engraçado como o raio do pensamento surgiu por acaso. Brotou em um diálogo despretensioso.

Aliás, que pensamento válido não surge por acaso?

- Você já foi ver "Benjamin Button"?

- Sim. Fui sozinho – foi a resposta imediata do Rapaz Só.

- Como assim?

- Normal. Ir ao cinema sozinho não é nada de mais.

- O que mais você faz sozinho?

- Uma porção de coisas.

Nesse instante, sem qualquer anestesia, o rapaz vestiu a carapuça do "só". Nem doeu...

- E você não quis convidar ninguém?

- As pessoas que convidei estavam ocupadas e eu queria ir ver esse filme. Não é nada de outro mundo. Eu já disse.

O Rapaz Só era eu. O Rapaz Só sou eu. E o pensamento ganhou asas neste exato momento. Aí, danou-se.

O Rapaz Só tem a liberdade para tomar suas decisões assim: no estalar dos dedos. O Rapaz Só resolve ver "O Curioso Caso de Benjamin Button" e vai. Esse ou qualquer outro filme. Não importa se há companhia ou não. Não importa o horário da sessão. Tanto faz se é uma produção sueca ou uma porcaria do Jackie Chan.

O Rapaz Só pode sair sem destino em uma noite de sexta-feira ou de sábado. Também tem o poder de ficar em casa na noite de sábado. O Rapaz Só pode se divertir jogando Playstation ou vendo SporTV Combate.

E daí que é sábado?

E se quiser sair, o Rapaz Só se dá ao luxo de escolher o seu programa: um bar, uma birosca na Lapa, um show no Citibank Hall ou uma boate (não com muita frequência, pois o saco não é mais o mesmo). O Rapaz Só tem habeas corpus para mentir o nome para garotas pedantes que surgem ao longo da noite.

O olhar cafajeste deve ser treinado à exaustão.

O Rapaz Só vai à praia sozinho, aluga uma cadeira e fica admirando as mocinhas de biquínis coloridos. Não importa se é cedo ou tarde. O Rapaz Só não está nem aí para os horários, pois confia no filtro solar.

O Rapaz Só pode ver ir ao Maracanã ver o Flamengo jogar – às quartas-feiras, aos sábados e aos domingos. Basta ter um amigo igualmente fanático ou mais de um. E se não tiver, o Rapaz Só conhece o caminho de cor.

O Rapaz Só pode chegar em casa a qualquer hora. E no percurso, ouve AC/DC no talo. O Rapaz Só ouve até o Roberto Carlos no talo. O Rapaz Só toma um café no Rio Design, lê uma revista e comprar um CD baratinho nas Lojas Americanas Express. O disquinho será ouvido depois - no talo.

Porém, o Rapaz Só tem suas fraquezas. Grandes fraquezas.

Ou você acha que é tudo molezinha? É ruim, hein?

O Rapaz Só passa em frente a restaurantes com velas sobre as mesas e sente uma inveja danada dos casais lá dentro. O Rapaz Só não brinda com cálices de vinho, não come fondue, não anda de mãos dadas no calçadão da Barra da Tijuca, não assiste "P.S. Eu te amo" abraçadinho, não manda flores e não compra presentes de surpresa. Nada disso. O Rapaz Só senta na última fileira do cinema para ver "O Curioso Caso de Benjamin Button" e fica triste. Não pelo filme em si, mas pela vontade de conversar com uma mulher inteligente. Trocar figurinhas sobre como o roteiro é interessante ou sobre como ficou supreso com a formosura da Cate Blanchett na maturidade.

O Rapaz Só sente falta de viajar para Penedo, Petrópolis, Gramado ou Campos do Jordão. Cada um desses lugares fica realmente bacana se visitados a dois. O Rapaz Só não comemora o dia 12 de junho. Não tem uma mulher especial para surpreender com um livro, um CD ou um vestido bonito. As datas comemorativas de todas as outras pessoas são as mesmas do Rapaz Só.

O Rapaz Só sente raiva de si mesmo por se boicotar em muitos casos. O Rapaz Só gostaria de não ser Só.

O Rapaz Só sou eu.



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QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, você se superou. Imagino o quanto você despertou o instinto materno da mulherada com essas palavras fofinhas. Olha, se eu não fosse o mega-power He-Man, eu lhe aplaudiria. Mas, vem cá com o titio, você não acha que exagerou um bocadinho? Seja sincero. Não precisa alongar essa historinha açucarada, pois somos chapas há um tempão. Você está tristinho? Está? Então vai chorar na cama, que é lugar quente. Sai dessa onda, moleque! Se eu esbarrar contigo na rua, vou te dar umas porradas. Amiguinho, recicle o seu lixo. Tenha consciência ecológica e sustentável. Piadinha rápida: você consegue soletrar sustentabilidade? Até a próxima!!!