quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O caso da mulher em segurança máxima

Curiosamente, eu ouvi três histórias envolvendo violência urbana e carros nas últimas semanas. Claro que esse é um tema delicado e fora do Surfista Platinado-style. Porém, o humor com que foram narradas acabou garantindo um pedacinho de chão aqui no blog. A trilogia Casos de Polícia (tudo hoje em dia vira trilogia) começa com uma passagem verídica, rápida e tensa. A aventura envolve Alexia e seu carro blindado.

Bom, Alexia lembra dessa passagem de sua vida em um misto de revolta e risos. Pois é, seria cômico se não fosse tão trágico – e caro, afinal, seu carro foi o principal prejudicado nessa brincadeira. E que carro. Era um Toyota prateado com bancos de couro, DVD e blindagem. Sem dúvida, um belo luxo que o dinheiro pode comprar. O Toyota era o seu mimo, seu tesouro, seu "precioso" e outros predicados relacionados a carinho possessivo.

Em uma noite de quarta-feira, Alexia dirigia pelo Leblon (aquele bairro que costuma aparecer nas novelas da Globo e sempre tem uma Helena como personagem principal) e estava curtindo o DVD da Ivete no Maracanã. Estava tão entretida com o show que mal percebeu a pessoa parada junto à sua janela.

- Não tenho trocado, desculpe - ela disse sorrindo.

- Não quero trocado, patricinha. Quero o carro - o rapaz, de uns 20 e poucos anos, sacou uma pistola e apontou para a nossa heroína.

Milhões de pensamentos passaram pela cabecinha loira, hidratada, escovada e bem-tratada de Alexia. Tentou ficar calma e não explodir em choro. Colocou as emoções em ordem e lembrou da grana que gastou na blindagem. Pelo que o vendedor disse, seria preciso um tiro de grosso calibre para ultrapassar a armadura. Definitivamente, aquela pistola não era de grosso calibre.

- Olha, fofinho, é blindado - indicou dando dois toques no vidro. O bandido hesitou e deu batidinhas na janela com a arma.

- Você tem razão - disse ele. Alexia suspirou aliviada.

- Só tem uma coisa - ele continuou.

- O quê?

- Sua porta está aberta - ele abriu o carro como um cavalheiro - Sai agora.

- É pra já.

E nessa noite, Alexia perdeu seu Toyota prateado com bancos de couro, DVD e blindagem porque esqueceu de travar suas portas.

Os Casos de Polícia continuam...

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, sua amiga merece um esporro e não uma lição de moral. E, não seria apenas uma:
1. Sempre trave suas portas.
2. Se você conseguiu blindar seu possante, evite trafegar com janelas abertas.
3. Nunca leve o DVD da Ivete Sangalo para o carro.
E só. Como Alexia continua montada na grana, aposto que já descolou um veículo novo e nunca mais dará esse mole. Amiguinho, amarre sempre os seus cadarços.

11 comentários:

Anônimo disse...

Ué!? Até meu carrinho básico trava as portas automaticamente quando eu ligo!... Esse 'Toytotinha' aí não tinha ISO 9002! Hehehehe.

Luiz Mendes Junior disse...

De que adianta tanto avanço científico e tecnológico quando o operador do brinquedo tem dois neurônios?


Cara... Seu blog é muito legal. Tô sempre passando aqui. Gostaria de lhe propor uma troca de links com o meu.

http://www.noticiasdofront3.blogspot.com

Anônimo disse...

Eu hein... tem algo de estranho nessa historinha...

Biessa disse...

É por isso que eu sou feliz com a minha Uno. Chance quase zero de me roubarem, to nem aí. :)

Bj!

Surfista disse...

ISO9002, o carro tinha, mas a motorista não.
MENDES, obrigado, cara. Bem-vindo à Liga da Justiça. Você está linkado.
MARIA, tem tudo estranho. Se fosse uma história trivial, não estaria aqui.
BIBI, carros simples representam menos riscos. Mas até quem tem fusca anda preocupado hoje em dia.

Anônimo disse...

Isso que dá gastar na blindagem e economizar na trava elétrica automática... ou na escola :)

Luiz Mendes Junior disse...

Beleza. Coloquei teu link lá tb. Valeu!

Ruiva disse...

Putz... que amiga bisonha! Como eu costumo dizer, cérebro de uma samambaia de plastico. heheheheheh

Drika disse...

ai, ai. sem palavras pra comentários.
mas posso rir absurdamente?
pelo menos ele foi gentil.

Cíntia disse...

É culpa da Ivete, que distrai a moça e impediu-a de travar a porta!

Surfista disse...

DUDU, é bem por aí.
MENDES, beleza!
DZINHA, foi distração ou excesso de confiança. Acontece.
DRIKA, seria cômico se não fosse tão trágico.
CINTIA, culpa da Ivete!