domingo, 1 de maio de 2011

O casamento real na real

Às 7h da manhã de sexta-feira, dia 29 de abril, eu estava tomando café da manhã em uma padaria, em Duque de Caxias. A diferença é que neste dia havia uma TV ligada, coisa que nunca vi antes por lá, e uma aglomeração de gente. Em uma das mesas, uma moça sozinha bebia uma xícara de café e observava as imagens da telinha. Esta cena isolada, independente das outras pessoas no recinto, representou para mim o fascínio que o casamento real de Will e Kate tem no imaginário do povo.

A guria assistia em silêncio, com um olhar fixo e um semblante de 7 horas da manhã, isto é, um pouco de sono, um pouco de fome, um pouco de ansiedade pelo novo dia. A diferença era uma pitada de devoção à cerimônia que era transmitida ao vivo para bilhões de telespectadores. Há poucos dias, "twitei" que achava engraçado todo o circo ao redor do casório. Uma amiga querida me censurou: "o mundo precisa de fantasia, Surfista. Deixa de ser ranzinza". Quer saber? Ela está certa!

Passei a considerar esta aura de conto de fadas totalmente saudável e bem-vinda. Acho que muita gente parou de trocar tiros para viajar nas bodas (eu dissse "bodas") do casal real. Era quase uma final de Copa do Mundo, uma noite do Oscar, mas com a magia das palavras "príncipe" e "princesa". Justo! Acreditei que o nosso mundo precisava mesmo de um dia de folga de todas as suas crises. Um anestésico natural contra os problemas diários.

Um dia lotado com casamento pela manhã, recepção real ao meio-dia, banquete do Príncipe Charles à tarde e festança organizada pelo Príncipe Harry à noite. Aliás, no evento todo, Harry é uma figura ímpar. O cara é o que mais se diverte na família. Ele é o irmão caçula que não precisa manter a imagem de comportamento exemplar e dificilmente será rei. Ele é o cara que se aproveita da posição sem ambições maquiavélicas. Não precisa. Harry é rico, prepara festas, passa o carro nas súditas, frequenta os pubs, faz a alegria dos paparazzi sensacionalistas e se tornou um dos solteiros mais cobiçados do mundo. Harry ainda tem uma vantagem significativa: não está careca!

PS. Será que alguém roubou cajuzinho na festa de Will e Kate?

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?

Amiguinho, até você cedeu ao encanto do casamento real? Você é um fraco! He-man foi convidado e esteve lá. Como? Quando não estou de sunga de couro e sem camisa, eu sou o PRÍNCIPE Adam. William e eu temos tudo a ver. O lance é que eu estou no cargo há mais tempo e não estou careca. Foi mal, Will. Enfim, concordo contigo. O seu mundinho conturbado precisa de um pouco de escapismo de vez em quando. Amiguinho, torcer pelo seu time não é arrumar confusão com outros torcedores. Pega leve! Até a próxima!!!





5 comentários:

Thaís Alves disse...

hahahahaaha muito bom! Eu concordo com o que vc disse quanto a ter um pouco de fantasia, mas para te falar a verdade encheram o saco tanto tempo com este casamento, que virou um pé no saco. rsrs Mas, como meu marido disse no post dele, a tradição tem algo de mítico. Ainda assim, fala sério, aquela foto oficial fez o casamento parecer a festa mais brega e chata de todos os tempos. Espero que longe das câmeras, eles tenham colocado para quebrar. Ou, pelo menos, o Harry. :) Beijos!

Sandro Ataliba disse...

Assino embaixo, e digo mais: um povo que faz carreata no caminhão do corpo de bombeiros com ruas lotadas para receber quem conseguiu uma medalha de ouro nas olimpíadas não pode criticar a comoção de outro com um casamento Real. Não critico nenhum dos dois, embora também não pare para contemplá-los. Tradição é tradição.
Abraço

Princess (não, não sou a Kate) disse...

"Let the love be genuine!".
Sem dúvidas, a frase mais linda de todo o casamento.
Viva o amor! Viva o conto de fadas! Viva o príncipe careca!

Maria disse...

adoooooro quando vc me dá razão! hahaha

vida longa ao casal real, a beleza, ao amor e ao encantamento!

Surfista disse...

"Let the love be genuine!"