terça-feira, 12 de novembro de 2013

O samurai que vive dentro de nós

Vou te fazer uma pergunta simples sobre artes marciais:

- Qual a diferença entre um lutador profissional e um amador?

A sua resposta tem grandes chances de ser a mais simplista, rasa, intolerante e míope:

- O dinheiro.

Exato! É isso mesmo.

Pois é, por mais que soe depreciativo, essa é a grande diferença entre um profissional do mundo da luta e um sujeito como eu ou você, que luta apenas para manter a qualidade de vida. Agora, se você me permite, vou puxar a sardinha para a minha brasa.

Quando eu e tantos outros amigos topamos participar de uma competição de luta (jiu-jitsu, judô, karatê, tae kwon do ou qualquer modalidade) nossa motivação vem de um dos instintos mais primitivos e nobres do estranho bicho-homem: a honra competitiva.

Para nós, não há bolsa milionária, prêmios por performance, contratos vantajosos ou patrocínios generosos. Em vez de equipes multidisciplinares (nutricionista, fisioterapeuta, treinador físico e o escambau), temos apenas os colegas dando apoio, a família apreensiva e a crença de que o anjo da guarda vai nos proteger.

Somos pessoas esquisitas que gastam dinheiro com inscrições, perdem um fim de semana, e ainda se arriscam a lesões diversas. Tudo isso para disputar uma medalha sem-vergonha que custa R$ 10,00 no centro da cidade.

Só que aquele pedaço de metal que desbota após alguns meses tem um valor inestimável para quem o conquista. Aquele trocinho mixuruca não pode ser comprado. Para levá-lo para casa, o indivíduo tem que fazer por merecer.

E ao fim do dia, aquela medalha gelada parece que fica colada no peito suado. E mesmo quando ela passa a ocupar um lugar na gaveta, sua presença nunca mais desaparece. Só que dessa vez, fica guardada como uma lembrança ao lado esquerda do peito.

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, você por aqui? O seu camarada He-Man já estava saudoso deste participar desse bloguinho com suas opiniões sempre sensatas e inquestionáveis. A valiosa lição de hoje é sobre cuidados com a sua integridade física. O guerreiro que volta para casa inteiro, pode conquistar mais vitórias. A linha divisória entre a honra e a estupidez é muito tênue. Adoro essa palavra. “Tênue”. Bom, voltando ao raciocínio, a linha é tênue. Defender seus valores vai além de se machucar. Preze a sua segurança e a sua saúde. Seus entes queridos agradecem. Amiguinho, evite comer demais e praticar exercícios físicos em seguida. Até a próxima!!!


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