Vou te fazer uma pergunta simples
sobre artes marciais:
- Qual a diferença entre um
lutador profissional e um amador?
A sua resposta tem grandes
chances de ser a mais simplista, rasa, intolerante e míope:
- O dinheiro.
Exato! É isso mesmo.
Pois é, por mais que soe depreciativo,
essa é a grande diferença entre um profissional do mundo da luta e um sujeito
como eu ou você, que luta apenas para manter a qualidade de vida. Agora, se você me
permite, vou puxar a sardinha para a minha brasa.
Quando eu e tantos outros amigos
topamos participar de uma competição de luta (jiu-jitsu, judô, karatê, tae kwon
do ou qualquer modalidade) nossa motivação vem de um dos instintos mais primitivos e
nobres do estranho bicho-homem: a honra competitiva.
Para nós, não há bolsa
milionária, prêmios por performance, contratos vantajosos ou patrocínios
generosos. Em vez de equipes multidisciplinares (nutricionista, fisioterapeuta,
treinador físico e o escambau), temos apenas os colegas dando apoio, a família
apreensiva e a crença de que o anjo da guarda vai nos proteger.
Somos pessoas esquisitas que
gastam dinheiro com inscrições, perdem um fim de semana, e ainda se arriscam a
lesões diversas. Tudo isso para disputar uma medalha sem-vergonha que custa R$
10,00 no centro da cidade.
Só que aquele pedaço de metal que
desbota após alguns meses tem um valor inestimável para quem o conquista.
Aquele trocinho mixuruca não pode ser comprado. Para levá-lo para casa, o indivíduo
tem que fazer por merecer.
E ao fim do dia, aquela medalha gelada
parece que fica colada no peito suado. E mesmo quando ela passa a ocupar um
lugar na gaveta, sua presença nunca mais desaparece. Só que dessa vez, fica
guardada como uma lembrança ao lado esquerda do peito.
QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, você por aqui? O seu
camarada He-Man já estava saudoso deste participar desse bloguinho com suas
opiniões sempre sensatas e inquestionáveis. A valiosa lição de hoje é sobre
cuidados com a sua integridade física. O guerreiro que volta para casa inteiro,
pode conquistar mais vitórias. A linha divisória entre a honra e a estupidez é
muito tênue. Adoro essa palavra. “Tênue”. Bom, voltando ao raciocínio, a linha
é tênue. Defender seus valores vai além de se machucar. Preze a sua segurança e
a sua saúde. Seus entes queridos agradecem. Amiguinho, evite comer demais e
praticar exercícios físicos em seguida. Até a próxima!!!
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