
:: Festa de aniversário onde só vão casais.
Um amigo está para soprar velinhas e sou convidado. Beleza! Chegando ao local, descubro que o aniversariante só convidou casais. Vem cá, o que as pessoas comprometidas têm contra os amigos solteiros? Por que eles têm a obrigação de esfregar nas nossas carinhas livres e desimpedidas a sua alegria amorosa? Custa chamar algumas amigas igualmente descompromissadas? Custa! E com a maldita Lei Seca, mal dá para tomar umas e outras para relaxar e rir da situação.
:: Gente tapada querendo se passar por inteligente.
Ter limites culturais não é pecado. Ninguém é obrigado a saber tudo e creio piamente no aprendizado eterno. Mas, se tem uma parada que me tira do sério é um indivíduo com parcos conhecimentos querendo demonstrar sua sapiência. Aí, você dá um corte no infeliz e passa por malcriado. Saco!
:: Calça com aqueles fundilhos caídos.
A moda jamais foi o meu forte. Sou adepto ao bom e velho jeans, uma blusa bacana e uma jaqueta interessante. No armário feminino, sou admirador confesso dos vestidos (pretos, cáquis, estampados, floridos etc) e dos decotes elegantes. Mas, quem foi o estilista bêbado que criou as calças com fundilhos caídos? Talvez o cara que fez faculdade com o desgraçado que inventou as ombreiras, os casacos de oncinha, os óculos de gatinha e as calças de pregas. Reparou que os fashion designers da onda criam esses troços, mas sempre são fotografados com um pretinho básico?
:: Carros com som explodindo.
Um amigão me disse uma vez: "quanto maior a potência do som do carro de um playboy, pior será a música". Concordo. Ouvir música no talo é legal (eu confesso que faço isso), mas divirta-se sozinho. Não é necessário baixar os vidros das janelas, abrir o porta-malas e cantar junto o último sucesso dos Cavaleiros do Forró ou do MC Créu. Às vezes, acho que é uma forma de justificar o investimento. O sem-vergonha botou uma grana violenta no equipamento e se vê na obrigação de compartilhar o brinquedo com o restante da humanidade. Vá para o quinto dos infernos.
:: Gente que conversa no cinema.
Eu curto ir ao cinema em carreira solo. Além do pleno exercício do direito de ver o que der na telha, eu prefiro ver o filme em silêncio. Até pode rolar um comentário ou outro, mas tudo dentro dos limites. Só que tem neguim que se amarra em narrar a história ("olha só o Wolverine cortando o helicóptero"), criticar as presepadas dos filmes pipoca ("ah, mas que mentira é essa!") ou conversar animadamente ao celular ("alô? Miiiiga, sou eu. Eu tô no cinema, mas pode f

:: Pessoas que escrevem na língua da Xuxa.
"Oiiiiiiiêêêê, mIgUxO! Td XoU kOm Vc?". Hein? Como assim? Ser adolescente, internético e descolado é justificativa para escrever como um debilóide? Palavras inventadas que odeio: miguxo, vlw, xou, loko, kandu kiser (essas andam juntas) e outras representantes deste dialeto pré-tupi.
:: O amigão de dez segundos.
Ser simpático é legal. Ser atencioso é ótimo. Ser gentil é o máximo. Mas, virar o melhor amigo em dez seguindos é esquisito. Bom, você acaba de conhecer o sujeito e o cara se torna o seu melhor-amigo-de-todos-os-tempo. O sorriso fica grudado no rosto, ele concorda com tudo e... ele está sempre fazendo contato físico. O "amigão" tem sempre que encostar, apertar ou cutucar. Dá vontade de levantar uma plaquinha do tipo "favor não tocar na peça".
E você? O que te tira do sério?

HE-MAN?
Amiguinho, esqueceu de tomar o seu Rivotril hoje? Ou está querendo fazer pose de menino malvadão para alguma leitora gatinha? Para cima do He-Man, não. O mau humor é tão natural quanto o próprio a alegria. Viver sempre nos limites da irritação ou do júbilo pode ser algum desequilíbrio emocional. Eu recomendo ir caçar um rabo-de-saia para aliviar o estresse. He-Man está muito econômico em sua lição. Amiguinho, lembre-se das palavras mágicas de todo dia: "obrigado" e "desculpe". Até a próxima!!!