O carnaval já passou. Até as incontáveis festinhas de pós-folia e ressacas já encerraram seus expedientes, mas as histórias momescas ainda têm fôlego. A aventura mineira de Adélia é um exemplo disso. Vem comigo!
Era uma vez...
Adélia, morena de entortar pescoços, foi passar carnaval em um recanto das Minas Gerais, acompanhada por uma numerosa turma. A casa alugada era praticamente um Big Brother em começo de temporada: quartos abarrotados de gente, festinhas ocasionais e aquele clima de ninguém-é-de-ninguém. Mas tudo com muita organização. Em meio ao caos, havia regras na casa. Por exemplo, só era permitido usar o banheiro do seu quarto e dormir no seu próprio cômodo - exceto se você quisesse "saliências" com algum dos outros enclausurados. A princípio, este não era o caso de Adélia.
Nossa heroína e Joaquina, amiga mineira, logo ocuparam a cama de casal do quarto mais sossegado e respeitável da casa. Isso porque a irmã de Joaquina estava gravidíssima de 8 meses e dormia logo ao lado, então era respeitar ou respeitar. Ainda no mesmo cômodo, havia uma terceira cama, na qual se instalou uma garota de Belo Horizonte. Completando o cafofo, um carioca e um mineirinho quieto dormiam no que sobrava do chão.
Já com a folia pegando fogo, Adélia conheceu um outro morador da casa: um garoto sorridente, amigo do mineirinho quieto. Embalados por um showzinho de axé, eles trocaram beijos sob o por do sol de Minas. Depois de várias cervejas, ela e o seu pierrô decidiram tirar um inocente cochilo pré-noite. Para que não houvesse maiores avanços de sinal, Joaquina recarregava as baterias na cama ao lado.
Verdade seja dita: foi um show de axé, mas poderia ser a Orquestra Tabajara. No calor do momento e com uns gorós a mais, a trilha sonora faria pouca diferença.
Chegada a hora da folia noturna, a preguiça falou mais alto e o casal decidiu alongar a soneca. Durante a madrugada, ela percebeu a ausência do moço e, meio grogue, viu que ele estava sentado à beira da cama. Ainda sob forte efeito da birita, Adélia o puxou de volta e o jogo foi reiniciado. No escurinho do quarto, nenhum dos dois ligou se o quarto estava vazio ou não.
Na manhã seguinte, as mulheres fizeram o seu ritual corriqueiro de falar dos seus respectivos príncipes encantados.
Ah, isso é fato. Assim como os machos, as fêmeas também se amarram em confabular sobre as suas aventuras. Umas usam mais predicados. Outras são mais econômicas nos detalhes, mas a sessão "banheiro feminino" é sagrada!
Papo vem, papo vai, a grávida pergunta:
- Adélia, querida, quem é que ficou dormindo lá na sua cama?
- Ué, o garoto sorridente. Esqueci o nome. Acho que ele é mineiro também.
- Ahhhh, não é ele, não!
Glup!
Adélia retornou a quarto com a cabeça reverberando: "o que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz?". Ao puxar o lençol, a confirmação dos seus receios: o mineirinho quieto (que de quieto não tinha nada) dormia o sono dos nobres.
Indignada com a situação (e bastante envergonhada), Adélia ligou a metralhadora de esporros. Após reunir os pivôs da crise, descobriu o que aconteceu na noite anterior.
- Pô, assim que você apagou, eu fiquei com medo das meninas voltarem para as suas camas e fui para o meu quarto. Desculpe por não ter te avisado – contou o garoto sorridente.
- Uai, enchi a cara durante a noite e voltei bebum. Sentei na cama para tirar os tênis, e, de repente, você me puxou e me beijou. Eu achei bom demais da conta e fiquei por ali messsssmo – explicou o mineiro.
QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinha Adélia e demais amiguinhos, veja como a manguaça também é fonte de lições para a vida toda. O sujeito risonho e simpático pensou no bem comum e foi se recolher no seu próprio canto. Moral para ele: ser gentil tem a sua hora certa. O fã de pão de queijo voltou lotado de cana nas ideias e estava na hora certa e no local certo. Moral para ele: ter sorte acontece, mas aproveitar as oportunidades requer talento. Cheia de amor para dar, Adélia dormiu com o Zé e acordou com o José. Moral para ela: bico calado não entra mosquito. Em vez de sair distribuindo esporros, o ideal seria deixar o caso na encolha e aproveitar o restante do carnaval. Sendo otimista, He-Man observa que nossa heroína levou dois pelo preço de um. Tá reclamando do quê? Amiguinho,depois de usar o fogão, verifique se o gás está desligado. Até a próxima!!!
PS. Obrigado pelo causo, Adélia.
Era uma vez...
Adélia, morena de entortar pescoços, foi passar carnaval em um recanto das Minas Gerais, acompanhada por uma numerosa turma. A casa alugada era praticamente um Big Brother em começo de temporada: quartos abarrotados de gente, festinhas ocasionais e aquele clima de ninguém-é-de-ninguém. Mas tudo com muita organização. Em meio ao caos, havia regras na casa. Por exemplo, só era permitido usar o banheiro do seu quarto e dormir no seu próprio cômodo - exceto se você quisesse "saliências" com algum dos outros enclausurados. A princípio, este não era o caso de Adélia.
Nossa heroína e Joaquina, amiga mineira, logo ocuparam a cama de casal do quarto mais sossegado e respeitável da casa. Isso porque a irmã de Joaquina estava gravidíssima de 8 meses e dormia logo ao lado, então era respeitar ou respeitar. Ainda no mesmo cômodo, havia uma terceira cama, na qual se instalou uma garota de Belo Horizonte. Completando o cafofo, um carioca e um mineirinho quieto dormiam no que sobrava do chão.
Já com a folia pegando fogo, Adélia conheceu um outro morador da casa: um garoto sorridente, amigo do mineirinho quieto. Embalados por um showzinho de axé, eles trocaram beijos sob o por do sol de Minas. Depois de várias cervejas, ela e o seu pierrô decidiram tirar um inocente cochilo pré-noite. Para que não houvesse maiores avanços de sinal, Joaquina recarregava as baterias na cama ao lado.
Verdade seja dita: foi um show de axé, mas poderia ser a Orquestra Tabajara. No calor do momento e com uns gorós a mais, a trilha sonora faria pouca diferença.
Chegada a hora da folia noturna, a preguiça falou mais alto e o casal decidiu alongar a soneca. Durante a madrugada, ela percebeu a ausência do moço e, meio grogue, viu que ele estava sentado à beira da cama. Ainda sob forte efeito da birita, Adélia o puxou de volta e o jogo foi reiniciado. No escurinho do quarto, nenhum dos dois ligou se o quarto estava vazio ou não.
Na manhã seguinte, as mulheres fizeram o seu ritual corriqueiro de falar dos seus respectivos príncipes encantados.
Ah, isso é fato. Assim como os machos, as fêmeas também se amarram em confabular sobre as suas aventuras. Umas usam mais predicados. Outras são mais econômicas nos detalhes, mas a sessão "banheiro feminino" é sagrada!
Papo vem, papo vai, a grávida pergunta:
- Adélia, querida, quem é que ficou dormindo lá na sua cama?
- Ué, o garoto sorridente. Esqueci o nome. Acho que ele é mineiro também.
- Ahhhh, não é ele, não!
Glup!
Adélia retornou a quarto com a cabeça reverberando: "o que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz?". Ao puxar o lençol, a confirmação dos seus receios: o mineirinho quieto (que de quieto não tinha nada) dormia o sono dos nobres.
Indignada com a situação (e bastante envergonhada), Adélia ligou a metralhadora de esporros. Após reunir os pivôs da crise, descobriu o que aconteceu na noite anterior.
- Pô, assim que você apagou, eu fiquei com medo das meninas voltarem para as suas camas e fui para o meu quarto. Desculpe por não ter te avisado – contou o garoto sorridente.
- Uai, enchi a cara durante a noite e voltei bebum. Sentei na cama para tirar os tênis, e, de repente, você me puxou e me beijou. Eu achei bom demais da conta e fiquei por ali messsssmo – explicou o mineiro.
QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinha Adélia e demais amiguinhos, veja como a manguaça também é fonte de lições para a vida toda. O sujeito risonho e simpático pensou no bem comum e foi se recolher no seu próprio canto. Moral para ele: ser gentil tem a sua hora certa. O fã de pão de queijo voltou lotado de cana nas ideias e estava na hora certa e no local certo. Moral para ele: ter sorte acontece, mas aproveitar as oportunidades requer talento. Cheia de amor para dar, Adélia dormiu com o Zé e acordou com o José. Moral para ela: bico calado não entra mosquito. Em vez de sair distribuindo esporros, o ideal seria deixar o caso na encolha e aproveitar o restante do carnaval. Sendo otimista, He-Man observa que nossa heroína levou dois pelo preço de um. Tá reclamando do quê? Amiguinho,depois de usar o fogão, verifique se o gás está desligado. Até a próxima!!!
PS. Obrigado pelo causo, Adélia.
9 comentários:
Essa foi uma das melhores histórias.
Adorei!
"QUAL A MORA DA HISTÓRIA,
HE-MAN?" (sic)
A moral da moçoila, enquanto bêbada, foi pro brejo! Hehehehehe
Abraço!
Valeu, RUINALDINHO! Corrigido.
puxa, Ruinaldinho, eu nem bebi naquele carnaval...
não sei se esta informação piora ou agrava a minha situação. hahahaha
A protagonista nos faz uma visita ilustre!
Hahahahaa...adorei
Povinho animado, hein?
Bons tempos de carnaval big brother em Escarpas do Lago, lugar lindo...
Alguém andou esquecendo o gás ligado???
Gente, que bizarro!
Mas pergunta que não quer calar: Adélia chegou a consumar o fato com o mineirinho ou só deu uns amassos?
Se fosse comigo, acho que iria embora no dia seguinte da casa de tanta vergonha.
VANESSA, obrigado!
MARIA, esse pessoalzinho é fogo. Nãao esqueci o gás ligado, mas sou megapreocupado com isso.
MULHERZINHA, até onde sei, o casal ficou nos amassos.
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