Eu trabalho com uma equipe de comunicação em uma campanha política. Enquanto eu fico produzindo ações via web, uma parte do time vai a campo coletar informações. Diariamente, eles andam uma enormidade e voltam exaustos ao fim do dia. Dia desses, presenciei uma conversa sinistra com conclusão ainda mais assustadora. M. Night Shyamalan perde. Foi mais ou menos assim:
REPÓRTER: Ui, estou exausta. A gente anda muito. Ainda bem que Estácio me deixou descansar no carro dele...
FOTÓGRAFO: O Estácio? O motorista da van?
REPÓRTER: Sim, por quê?
FOTÓGRAFO: Ah, meu Jesus...
REPÓRTER: O que tem o Estácio?
FOTÓGRAFO: Você se aventurou hoje, menina.
REPÓRTER: Como assim? Me conta isso.
FOTÓGRAFO: Melhor não.
REPÓRTER: Conta logo.
FOTÓGRAFO: Que fique só entre nós, tá? É que ele degolou a noiva. Todo mundo sabe, mas nunca acharam provas. Ficou por isso mesmo.
REPÓRTER: Mentira!
FOTÓGRAFO: Tô te falando. Você duvida? Peraí. Ô, piloto, chega aqui.
Entrou na sala o segundo motorista.
REPÓRTER: Ela não acredita na história do Estácio e a noiva.
MOTORISTA: Qual história?
FOTÓGRAFO: Da noiva dele.
MOTORISTA: A que ele matou?
REPÓRTER: Ai, meu Pai...
MOTORISTA: Ele estrangulou a mulher.
REPÓRTER: Não tinha degolado?
MOTORISTA: Degolou depois de estrangular. Foi para garantir.
A repórter ficou mais branca do que já era.
FOTÓGRAFO: Você correu um risco muito grande.
REPÓRTER: Gente, tô com medo.
MOTORISTA: Precisa não. Fica perto da gente que tudo fica tranquilo.
Neste momento, alguém chamou a repórter apavorada em outra sala. Ela saiu. O Fotógrafo e o Motorista ficaram. Eu ouvia a história bizarra atento, mas sem dizer nada. De repente, tocou o telefone do Motorista.
MOTORISTA: Alô! Oi, sou eu. Sim, vou encontrar com ele daqui a pouco. Sim, eu dou o recado. Tá bom. De nada. Beijo. Tchau.
FOTÓGRAFO: Já é para a gente sair de novo?
MOTORISTA: Não. É a noiva do Estácio. Ele tá com o celular desligado e ela quer falar com ele. Pediu para a gente dar o recado. Depois tu me lembra?
FOTÓGRAFO: Pode deixar. E a repórter? A gente conta para ela?
MOTORISTA: Depois. Vamos deixar ela ficar com medo do Estácio por alguns dias.
QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, que coisa feia. Pregar peças nos coleguinhas de batente. Ai, ai, ai. Isso é muito feio. Fico impressionando como malandro tem sintonia e criatividade na hora de sacanear terceiros. A repórter também foi muito inocente. Caiu na história muito fácil. A lição é simples: jamais acredite em histórias dantescas demais em um primeiro momento. Apure o fato antes de tomar conclusões. Essa moral foi mole demais. Assim, He-Man fica entediado. Amiguinho, limpe bem os pés antes de entrar na sua casa ou na de outras pessoas. Até a próxima!!!
REPÓRTER: Ui, estou exausta. A gente anda muito. Ainda bem que Estácio me deixou descansar no carro dele...
FOTÓGRAFO: O Estácio? O motorista da van?
REPÓRTER: Sim, por quê?
FOTÓGRAFO: Ah, meu Jesus...
REPÓRTER: O que tem o Estácio?
FOTÓGRAFO: Você se aventurou hoje, menina.
REPÓRTER: Como assim? Me conta isso.
FOTÓGRAFO: Melhor não.
REPÓRTER: Conta logo.
FOTÓGRAFO: Que fique só entre nós, tá? É que ele degolou a noiva. Todo mundo sabe, mas nunca acharam provas. Ficou por isso mesmo.
REPÓRTER: Mentira!
FOTÓGRAFO: Tô te falando. Você duvida? Peraí. Ô, piloto, chega aqui.
Entrou na sala o segundo motorista.
REPÓRTER: Ela não acredita na história do Estácio e a noiva.
MOTORISTA: Qual história?
FOTÓGRAFO: Da noiva dele.
MOTORISTA: A que ele matou?
REPÓRTER: Ai, meu Pai...
MOTORISTA: Ele estrangulou a mulher.
REPÓRTER: Não tinha degolado?
MOTORISTA: Degolou depois de estrangular. Foi para garantir.
A repórter ficou mais branca do que já era.
FOTÓGRAFO: Você correu um risco muito grande.
REPÓRTER: Gente, tô com medo.
MOTORISTA: Precisa não. Fica perto da gente que tudo fica tranquilo.
Neste momento, alguém chamou a repórter apavorada em outra sala. Ela saiu. O Fotógrafo e o Motorista ficaram. Eu ouvia a história bizarra atento, mas sem dizer nada. De repente, tocou o telefone do Motorista.
MOTORISTA: Alô! Oi, sou eu. Sim, vou encontrar com ele daqui a pouco. Sim, eu dou o recado. Tá bom. De nada. Beijo. Tchau.
FOTÓGRAFO: Já é para a gente sair de novo?
MOTORISTA: Não. É a noiva do Estácio. Ele tá com o celular desligado e ela quer falar com ele. Pediu para a gente dar o recado. Depois tu me lembra?
FOTÓGRAFO: Pode deixar. E a repórter? A gente conta para ela?
MOTORISTA: Depois. Vamos deixar ela ficar com medo do Estácio por alguns dias.
QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, que coisa feia. Pregar peças nos coleguinhas de batente. Ai, ai, ai. Isso é muito feio. Fico impressionando como malandro tem sintonia e criatividade na hora de sacanear terceiros. A repórter também foi muito inocente. Caiu na história muito fácil. A lição é simples: jamais acredite em histórias dantescas demais em um primeiro momento. Apure o fato antes de tomar conclusões. Essa moral foi mole demais. Assim, He-Man fica entediado. Amiguinho, limpe bem os pés antes de entrar na sua casa ou na de outras pessoas. Até a próxima!!!
5 comentários:
Ah, Doug, eu até entendo ela, tadinha..
Em tempos de Elisa, Mércia e corpo achado no Jardim de Alah, dentro da mala, a gente acredita em qualquer papo sinistro desses. E como aqui não tem a maravilhosa equipe de CSI pra nos vingar, é melhor ter medo mesmo.
rsrsrs
Mas sim, seus coleguinhas de campanha deviam escrever roteiro de series policiais. Que sintonia e criatividade bizarras.
:p
esse tipo de história não pode ser contada pra gente como eu.
é claro que eu vou dar um jeito de contar uma dessa um dia desses, hahaha
Taí! Boa ideia, hein? Pegadinha do Mallandro!
Abs!
O meu primeiro estágio na área de comunicação foi em uma rádio conhecida aqui no Rio e lá eles têm o costume de dar trote nos novatos. Só posso dizer que a brincadeira que fizeram comigo me deixou tão irritada que eu chorei ao final quando me contaram que era trote. rsrs
Surfista, quanto a minha monografia da pós, eu te enviaria umas perguntas por e-mail e, caso fosse necessário, depois a gente conversaria pessoalmente. Pode ser?
Mas relaxa porque eu ainda nem começei...
Beijos
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