quinta-feira, 1 de julho de 2010

A lição de Ringo Starr e a vida corporativa

Gosto das dicas do Max Gehringer. Mal e porcamente comparando, vejo o cara como um Mestre Yoda do mundo corporativo - com um senso de humor mais requintado, é claro. Mesmo sem a bagagem do titio Max, eu já aprendi uma coisa ou outra da vida profissional. A principal delas não veio de um palestrante de RH ou do Roberto Justus. Na verdade, veio do Ringo Starr, o pastor belga que eu tive quando era moleque.

É verdade. Eu tive um cão com nome de Beatle. E nem era um beagle. Beatle, beagle, sacou? Dããããã...

Ringo era um cachorro bonito pra cacete. Tinha a pelugem preta e espessa, uma imensa língua rosada, olhos castanhos e um jeitão desconfiado. Não satisfeito em ser lindo, o bicho era inteligente horrores. Além de obedecer a vários comandos de voz, ele tinha hábitos de higiene exemplares. Um dia, ele foi pego em flagrante fazendo xixi na área de serviço. Tomou um esporro federal da minha mãe e parece ter compreendido o recado. Desde então, o bicho jamais voltou a fazer as suas necessidades dentro de casa. Aliás, nem na sua casinha. Quando a natureza chamava, ele adubava o gramado do quintal.

Beleza, mas o que isso tem a ver com a vida profissional? Ora, meu pequeno jedi, o bizú vem a seguir.

O grande ensinamento do cachorro é bem simples: não faça caca por onde você passa, pois as pessoas podem ver e vão lembrar. Por outro lado, se você for legal, a sua reputação lhe precederá.

Botei até em "negritude júnior" para destacar bem a mensagem.

Falando português limpinho, se a sua imagem estiver maneira, as pessoas sempre terão algo bom a dizer a seu respeito. Quando você estiver na pindaíba, o seu passaporte de volta ao topo poderá ser carimbado mais rapidamente com os elogios de quem te conhece ou trabalhou contigo. E é batata: os bons comentários surgem espontaneamente e fazem diferença. Tem mistério nisso? Não tem, ? Mas é tão óbvio que a maioria das pessoas deixa de lado.

Com a petulância de adiantar a moral do He-Man, anote na sua agendinha esta valorosa lição: seja bacana com as outras pessoas. Na maioria das vezes, atitudes legais são como bumerangues. Elas sempre voltam para onde saíram.

QUAL A MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?

Amiguinho, essa é boa, hein? Seu ciúme está aflorando e já tenta desestabilizar o meu espaço. Ok, ok... Só que a moral do sagaz He-Man vai além. O que você negligenciou em sua macilenta tentativa de instruir é um detalhe crucial, mané. Quando você estiver no bem-bom, nunca esqueça de estender a mão a quem precisa. Demonstre interesse pelas outras pessoas e elas farão o mesmo por você. Ah, o que seria de você sem mim? Amiguinho, não tire meleca em público. Vai que você é filmado e vira a cena mais bizarra da Copa do Mundo. té a próxima!!!

OBS: Macilento: emagrecido, pálido, descorado, cadavérico. Surfista Platinado também é cultura, rapá!

4 comentários:

Fernanda disse...

isso me lembrou um anúncio do Luftal no Desencannes:

"Às vezes, quando você está triste, ninguém nota seu sofrimento.
Às vezes, quando você chora, ninguém percebe suas lágrimas.
Às vezes, quando você está contente, ninguém cotempla seu sorriso.
Mas experimente peidar apenas uma vez."

Surfista disse...

FERNANDA, então, pois é, né?

JUJUbildes disse...

Oi, Doug!
"...atitudes legais são como bumerangues. Elas sempre voltam para onde saíram." É como eu sempre digo: repartir coisas boas é como jogar perfume nas pessoas; algumas gotas sempre respingam em vc.

Beijos!

Surfista disse...

JUJUBILDES, gostei da sua metáfora do perfume. Muito legal!