Eu adoro futebol. Basta uma bola rolar em algum gramado nacional ou estrangeiro para que eu fique hipnotizado. Já me peguei vendo um jogo do Votuporanguense na Rede Vida. Já briguei com uma namorada na Copa de 2006 por causa de uma partida do Brasil. E, além de acompanhar os jogos, eu leio sobre o assunto com curiosidade de arqueólogo. Em ano de Copa do Mundo, o país respira o velho e rude esporte bretão – ainda mais com a internet consolidada na vida do povão. Não há como fugir do assunto, então vejamos o lado pitoresco desta época do ano:
Futebol total
De quatro em quatro anos, a TV fica refém do futebol. Nem a novela escapa. Se bobear, o Gianecchini comenta a partida entre Argentina e Coreia do Sul entre uma maldade e outra. Na internet, somos milhões de comentaristas e pitaqueiros. No cabelereiro, a revista Caras mostra como foi Brasil x Coreia do Norte no Antiquariu's. No "Fala que Eu te Escuto", os pastores cornetam a escalação do Gilberto Silva.
Mulheres
Em muitos concursos de Miss Brasil, o entrevistador pergunta à candidata Miss Alagoas sobre o seu time e o seu livro preferido. Ela responde protocolarmente "Brasil e 'Pequeno Príncipe'". Mas em mês de Copa, a mulherada se rende aos jogos com mais afinco. É o único período em que os homens ganham habeas corpus para ver futebol loucamente. "Amorzinho, é só uma vez a cada quatro anos", eles argumentam. "Hmpf!", elas resmungam, mas aceitam. Como represália, elas ficam de olho nas pernas dos jogadores, no sorriso do Kaká e no topete ridículo do Cristiano Ronaldo. "Ah, amorzinho. Eu só vejo esses jogadores de quatro em quatro anos", elas argumentam. "Hmpf!", eles resmungam, mas aceitam.
Bolão da Copa
Papai do Céu disse que ao se reunirem dois ou mais em oração, lá ele estaria. Durante a Copa, ao se reunirem dois ou mais pessoas, tem um bolão. Na empresa, no clube ou no boteco, as apostas correm soltas. Curiosamente, as pessoas que costumam faturar a bolada são aquelas que menos entendem de futebol. O entendido que acompanha todos os campeonatos do planeta jamais conceberia uma derrota da Espanha para a Suiça. A secretária que mal conhece o Corinthians, acha que a Suiça tem chocolates mais legais e crava lá: 1x0.
Álbum de figurinhas
Em 2010, a Panini riu à toa. A febre das figurinhas foi mais intensa e preocupante que a H1N1. Vagabundo estava matando trabalho para correr atrás do escudo da Nigéria ou do maldito Wayne Rooney, que ninguém tem para trocar. O diferente foi como as redes sociais deram uma mãozinho especial para as trocas. A internet a serviço do povo!
Galvão Bueno
"Ééééééééééééééééééé, do Brasiiiiiiiiiiil! Rrrrrrrrrrronaldinho!". É mais uma Copa no gogó do Galvão, moçada! Odiado por muitos e detestado por poucos, Galvão segue firme e forte no comando dos jogos da Globo. Nesta copa, o twitter piou o que um país inteiro clama há anos: Cala Boca, Galvão. Mostramos que quando queremos sacanear alguém, somos altamente organizado. E os gringos se desesperaram: "esses brasileiros sanguinários querem matar a pobre ave em extinção". Mal sabem eles...
Patriotada
Que beleza! Varandas coloridas, bandeiras nos carros e ruas enfeitadas realçam o nosso patriotismo. Que povo consciente, inspirado e unido. Canta o hino com a mão no peito e vibra com a pátria de chuteiras. No Brasil, ser patriota tem prazo de validade: acabou a copa, acabou o amor pela nação. E tudo volta a ser como antes.
Vuvuzelas
Ok, ok, é um elemento da cultura africana, faz parte da sociedade bafana bafana e blábláblá, mas, PQP, como é chata. Imagina ver um jogo com um desgraçado soprando esse troço nas suas orelhas? Meu medo é que a moda está chegando ao nosso país. Ai, ai, ai...
Meu nome é Jabulani
Tenho pavor dos nomes da moda. Você já imaginou quantos pais joselitos vão batizar os seus pimpolhos recém-nascidos como Jabulani, Bafana, Tchabalala, Maicon, Kaká e Vuvuzela? O governo deveria se antecipar e enviar informativos aos cartórios com uma orientação bem clara: "está sumariamente proibido efetuar registros com nomes escrotos relacionados à Copa do Mundo da África do Sul".
Pelé, o visionário
O Atleta do Século é o oráculo. Quem ele aponta como favorito se ferra antes das oitavas. O Rei elogiou a Espanha e veja o que aconteceu...
Argentina
E pelo Manual de Etiqueta do Dunga, devemos respeitar os adversários e enaltecer a esportividade. Viva o espírito olímpico e que se f#$@#%$, os filhos da !@!#$#@$ dos argentinos do car"#!#$*! Que vença o melhor, menos eles.
QUAL MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, aqui em Etérnia não tem Copa do Mundo. A seleção eterniana empatou com um combinado do Tibet e não se classificou para a festa maior do futebol. Dane-se! He-Man detesta futebol e ocupa seu precioso tempo depenando a Feiticeira ou dando um rolé com o Gato Guerreiro. Meu único e pálido interesse pela Fifa World Cup se restringe às torcedoras da Dinamarca. Amiguinho, pedir licença não tira pedaço. Até a próxima!!!
Futebol total
De quatro em quatro anos, a TV fica refém do futebol. Nem a novela escapa. Se bobear, o Gianecchini comenta a partida entre Argentina e Coreia do Sul entre uma maldade e outra. Na internet, somos milhões de comentaristas e pitaqueiros. No cabelereiro, a revista Caras mostra como foi Brasil x Coreia do Norte no Antiquariu's. No "Fala que Eu te Escuto", os pastores cornetam a escalação do Gilberto Silva.
Mulheres
Em muitos concursos de Miss Brasil, o entrevistador pergunta à candidata Miss Alagoas sobre o seu time e o seu livro preferido. Ela responde protocolarmente "Brasil e 'Pequeno Príncipe'". Mas em mês de Copa, a mulherada se rende aos jogos com mais afinco. É o único período em que os homens ganham habeas corpus para ver futebol loucamente. "Amorzinho, é só uma vez a cada quatro anos", eles argumentam. "Hmpf!", elas resmungam, mas aceitam. Como represália, elas ficam de olho nas pernas dos jogadores, no sorriso do Kaká e no topete ridículo do Cristiano Ronaldo. "Ah, amorzinho. Eu só vejo esses jogadores de quatro em quatro anos", elas argumentam. "Hmpf!", eles resmungam, mas aceitam.
Bolão da Copa
Papai do Céu disse que ao se reunirem dois ou mais em oração, lá ele estaria. Durante a Copa, ao se reunirem dois ou mais pessoas, tem um bolão. Na empresa, no clube ou no boteco, as apostas correm soltas. Curiosamente, as pessoas que costumam faturar a bolada são aquelas que menos entendem de futebol. O entendido que acompanha todos os campeonatos do planeta jamais conceberia uma derrota da Espanha para a Suiça. A secretária que mal conhece o Corinthians, acha que a Suiça tem chocolates mais legais e crava lá: 1x0.
Álbum de figurinhas
Em 2010, a Panini riu à toa. A febre das figurinhas foi mais intensa e preocupante que a H1N1. Vagabundo estava matando trabalho para correr atrás do escudo da Nigéria ou do maldito Wayne Rooney, que ninguém tem para trocar. O diferente foi como as redes sociais deram uma mãozinho especial para as trocas. A internet a serviço do povo!
Galvão Bueno
"Ééééééééééééééééééé, do Brasiiiiiiiiiiil! Rrrrrrrrrrronaldinho!". É mais uma Copa no gogó do Galvão, moçada! Odiado por muitos e detestado por poucos, Galvão segue firme e forte no comando dos jogos da Globo. Nesta copa, o twitter piou o que um país inteiro clama há anos: Cala Boca, Galvão. Mostramos que quando queremos sacanear alguém, somos altamente organizado. E os gringos se desesperaram: "esses brasileiros sanguinários querem matar a pobre ave em extinção". Mal sabem eles...
Patriotada
Que beleza! Varandas coloridas, bandeiras nos carros e ruas enfeitadas realçam o nosso patriotismo. Que povo consciente, inspirado e unido. Canta o hino com a mão no peito e vibra com a pátria de chuteiras. No Brasil, ser patriota tem prazo de validade: acabou a copa, acabou o amor pela nação. E tudo volta a ser como antes.
Vuvuzelas
Ok, ok, é um elemento da cultura africana, faz parte da sociedade bafana bafana e blábláblá, mas, PQP, como é chata. Imagina ver um jogo com um desgraçado soprando esse troço nas suas orelhas? Meu medo é que a moda está chegando ao nosso país. Ai, ai, ai...
Meu nome é Jabulani
Tenho pavor dos nomes da moda. Você já imaginou quantos pais joselitos vão batizar os seus pimpolhos recém-nascidos como Jabulani, Bafana, Tchabalala, Maicon, Kaká e Vuvuzela? O governo deveria se antecipar e enviar informativos aos cartórios com uma orientação bem clara: "está sumariamente proibido efetuar registros com nomes escrotos relacionados à Copa do Mundo da África do Sul".
Pelé, o visionário
O Atleta do Século é o oráculo. Quem ele aponta como favorito se ferra antes das oitavas. O Rei elogiou a Espanha e veja o que aconteceu...
Argentina
E pelo Manual de Etiqueta do Dunga, devemos respeitar os adversários e enaltecer a esportividade. Viva o espírito olímpico e que se f#$@#%$, os filhos da !@!#$#@$ dos argentinos do car"#!#$*! Que vença o melhor, menos eles.
QUAL MORAL DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, aqui em Etérnia não tem Copa do Mundo. A seleção eterniana empatou com um combinado do Tibet e não se classificou para a festa maior do futebol. Dane-se! He-Man detesta futebol e ocupa seu precioso tempo depenando a Feiticeira ou dando um rolé com o Gato Guerreiro. Meu único e pálido interesse pela Fifa World Cup se restringe às torcedoras da Dinamarca. Amiguinho, pedir licença não tira pedaço. Até a próxima!!!