
Ah, mais um momento nostálgico deste blog.
Léia não chegou a ser namorada, mas foi uma mulher extremamente especial. Tive um relacionamento intenso com ela e curti cada momento. Por alguma razão que não se explica, o caso nunca se consolidou. Então, podemos concluir que Léia não chegou a ser uma "ex" no sentido clássico da palavra, mas ocupou um lugar importante em meu coração.
Certo dia, encontrei Léia em um daqueles encontros casuais. A gente conversou e tentou manter a compostura, a maturidade de um casal que se reencontra após um bom tempo.
Aliás, essa é uma lenda. Como é possível ficar indiferente à presença de uma pessoa que foi especial? Que teve toda uma intimidade com você? Papinho para boi dormir.
- Me dá uma carona? - Léia pediu ao final da noite.
- Claro.
Ai, ai, ai...
No caminho, ela comentou que havia se envolvido com um cara bacana. Eles viajavam muito e o sujeito era divertido e tals. Eu me resumia a concordar.
O que eu diriar em uma hora dessas?
Parei o carro em frente à portaria dela. Da mesma forma que parei tantas vezes antes. O perfume dela continua o mesmo: Armani. Foi ela que me ensinou a identificar certas fragâncias femininas.
Maluco, mulher cheirosa me tira do sério! Quando o perfume tem o tom certo chega a ser sádico. Mulher de vestido e com o perfume correto me derruba. Periga até me levaro ao altar.
Ficamos em silêncio durante algum tempo. Léia sorriu, me deu um abraço, os dois beijinhos protocolares e abriu a porta do carro. Antes de sair, olhou sobre o ombro e disse:
- Depois de você, eu segui a vida. Eu realmente me envolvi com outro cara. Foi legal. Quando ele me abraçava ou íamos para a cama, eu ficava muito irritada, porque ele não era você.
Assim. Seco. Sem rodeios e sem esperar uma resposta. Léia mandou esse míssi

A declaração de Léia foi atordoante porque ela foi (é) especial. Porque foi um desabafo corajoso, direto, explícito e generoso. Não ficaram dúvidas no ar. Eu me senti um cara muito importante diante dela. Se fosse qualquer outra pessoa em outra circunstância, a tal frase seria banal. Vindo de quem veio, o impacto foi arrasador.
PS. Princesa Léia, demorou um pouco, mas você virou musa.

HE-MAN?
Amiguinho, que fofo, que meigo! As meninas especiais sabem usar as palavras com maestria. Veja como Léia teve a sensibilidade de lançar a bomba no momento exato em que você estava relembrando os amassos no carro. Ela sabia. As mulheres sempre sabem, mesmo quando acham que não sabem. Vai por mim, amiguinho. Você foi presa fácil. Anote uma dica poderosa: guarde mais esta lembrança como se fosse um Picasso, um Dali. Sacou a metáfora para algo inestimável, né? Ah, bom. Amiguinho, seja objetivo ao telefone. Nem todo mundo tem a sua vida mansa e pode ficar de conversa mole. Até a próxima!