Traição rende pauta. Histórias envolvendo esse tema são interessantes para quem ouve, mas não costuma ser muito legal para quem participa – especialmente, se o envolvido (ou envolvida) for personagem principal da trama: o corno.
Na verdade, entre tantos causos de trairagem, só me ligo naqueles que têm um tchan de Nelson Rodrigues, algo de inesperado, de absurdo. Pois assim foi a aventura de Juvenal, protagonista de uma odisséia baiana narrada por amigos em uma clássica mesa de bar.
Bom, tudo começou com um balão. Aliás, namoro é que nem festa junina: balão é proibido, mas todo mundo sabe que rola. Fim dos parêntesis. Retomando a trama. Tudo começou com um balão colossal. Com uma desculpa esfarrapada qualquer, Juvenal deixou a primeira-dama no Rio e se mandou para a incendiária rota da Barra - Ondina, na bela Salvador.
Juvenal se embrenhou no bloco e tomou várias precauções. Deixou a barba por fazer, colocou bandana e manteve-se sempre longe de qualquer câmera ou fotógrafo. Fugia de repórter do Band Folia quem nem vampiro do alho. Tudo dava certo, mas titio Murphy também estava na folia. No meio do bloco, Juvenal foi reconhecido por uma amiga da sua namorada.
- Danou-se - pensou.
De nada adiantou o disfarce e a atuação discreta. A garota bateu o olho e o reconheceu no ato. Juvenal leu seus lábios:
- Você por aqui?
Com milhões de decibéis de Chiclete com Banana na cachola e litros de cerveja na veia, Juvenal precisava virar o jogo para sair ileso de um quase xeque-mate. Pensou um pouco e tomou uma medida drástica. Foi lá falar com a menina com a naturalidade de quem estava visitando um convento.
Dois beijinhos. Sorriso. Como vai? Tudo bem? Que coincidência, né?
Tudo protocolar. Juvenal foi sentindo o terreno. No meio da madrugada e com o bloco pegando fogo, era difícil que a mocinha estivesse em plenas faculdades mentais. Juvenal foi chegando como quem não quer nada e pimba! Tascou um beijo na menina e foi imediatamente correspondido.
Riu consigo mesmo e um breve pensamento refletiu o tamanho da virada de mesa.
- Agora quero ver contar que me encontrou aqui!
Vitória!
QUAL A MORA DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, não é preciso ter muito bom senso para sacar que foi um ataque suicida com 99,99% de chance de dar errado. Mas, como no carnaval a realidade se altera, Juvenal se deu bem. Como He-Man é um herói politicamente correto, a atitude foi duplamente condenável. Ele foi sacana com a namorada pela mentira e pelo assédio à amiga. Se bem que com amigas dessas, quem precisa de inimigas, né? Os dois poderiam ficar juntos logo. O casal combina. Amiguinho, tente atravessar a rua apenas na faixa de pedestre e tenha muita atenção.
Na verdade, entre tantos causos de trairagem, só me ligo naqueles que têm um tchan de Nelson Rodrigues, algo de inesperado, de absurdo. Pois assim foi a aventura de Juvenal, protagonista de uma odisséia baiana narrada por amigos em uma clássica mesa de bar.
Bom, tudo começou com um balão. Aliás, namoro é que nem festa junina: balão é proibido, mas todo mundo sabe que rola. Fim dos parêntesis. Retomando a trama. Tudo começou com um balão colossal. Com uma desculpa esfarrapada qualquer, Juvenal deixou a primeira-dama no Rio e se mandou para a incendiária rota da Barra - Ondina, na bela Salvador.
Juvenal se embrenhou no bloco e tomou várias precauções. Deixou a barba por fazer, colocou bandana e manteve-se sempre longe de qualquer câmera ou fotógrafo. Fugia de repórter do Band Folia quem nem vampiro do alho. Tudo dava certo, mas titio Murphy também estava na folia. No meio do bloco, Juvenal foi reconhecido por uma amiga da sua namorada.
- Danou-se - pensou.
De nada adiantou o disfarce e a atuação discreta. A garota bateu o olho e o reconheceu no ato. Juvenal leu seus lábios:
- Você por aqui?
Com milhões de decibéis de Chiclete com Banana na cachola e litros de cerveja na veia, Juvenal precisava virar o jogo para sair ileso de um quase xeque-mate. Pensou um pouco e tomou uma medida drástica. Foi lá falar com a menina com a naturalidade de quem estava visitando um convento.
Dois beijinhos. Sorriso. Como vai? Tudo bem? Que coincidência, né?
Tudo protocolar. Juvenal foi sentindo o terreno. No meio da madrugada e com o bloco pegando fogo, era difícil que a mocinha estivesse em plenas faculdades mentais. Juvenal foi chegando como quem não quer nada e pimba! Tascou um beijo na menina e foi imediatamente correspondido.
Riu consigo mesmo e um breve pensamento refletiu o tamanho da virada de mesa.
- Agora quero ver contar que me encontrou aqui!
Vitória!
QUAL A MORA DA HISTÓRIA,
HE-MAN?
Amiguinho, não é preciso ter muito bom senso para sacar que foi um ataque suicida com 99,99% de chance de dar errado. Mas, como no carnaval a realidade se altera, Juvenal se deu bem. Como He-Man é um herói politicamente correto, a atitude foi duplamente condenável. Ele foi sacana com a namorada pela mentira e pelo assédio à amiga. Se bem que com amigas dessas, quem precisa de inimigas, né? Os dois poderiam ficar juntos logo. O casal combina. Amiguinho, tente atravessar a rua apenas na faixa de pedestre e tenha muita atenção.
13 comentários:
O cara teve muito sangue frio, embora o risco fosse amenizado pelo fato de ser no meio do bloco no circuito alternativo.
Um amigo meu passou por situação semelhante, e para a sorte dele a amiga-da-namorada sempre deu uns moles pra ele (ou seja, minimizou o risco).
Se fosse comigo, acho que nao arriscava nao... Nem com os poderes de Greyskull :)
Vixi... Que meda heim? Acho que o Juvenal foi mané desde o começo, tivesse sido mais esperto tinha proposto uma anistia para namorada, algo muito mais honesto para ela e para ele. Ou será mesmo que enquanto o Juvenal tava lá ela ficou em casa vendo sessão da tarde? Aqui ó!
Eita, este aí foi kamikaze...
Amiga minha ficou sabendo que era corna pelo Band Folia. Trash...!
Eita, este aí foi kamikaze...
Amiga minha ficou sabendo que era corna pelo Band Folia. Trash...!
Kamikaze total...
Mas o Juvenal tem que ser um cara muito criativo, conseguir viajar no carnaval sem a patroa??? Haja desculpa e história... Nem que eu fosse pra Muriqui não conseguiria inventar uma história pra passar o carnaval todo sem ver a patroa, a não ser que seja carnaval em viagens separadas e aí não importa pra onde for, carnaval é carnaval e mulheres são mulheres, ou seja, você vai perder...
DUDU, já que está no inferno, senta no colo do capeta.
BABS, Juvenal não é o exemplo ideal para as pessoas.
BIBI, eu li a sua história da cornitude via Band Folia. Isso é trash!
OSNI, a sucessão de erros veio que nem uma bola de neve.
Fala Douglas!!!
Beleza?
Sempre bons textos!
Enquanto isso, lá no Caixa, a saga continua.... rs
abraços
"namoro é que nem festa junina: balão é proibido"
SENSACIONAL, Dougra!
Abs!
hum... bom eh saber o q a namorada do juvenal tava fazendo sozinha...
se era das minhas, tava com algum amigo do Juvenal. E ladrão q rouba ladrao... rsrsrs
Mas a faixa é tão longe...
BRUNO, a saga continua sempre!
VULGO, comparações esdrúxulas para animar o texto!
DU, Juvenal devia confiar muito na sua companheira. Tolinho!
REBECCA, quem avisa amigo é! :)
Mto bom texto!!! Agora se eu contasse minha história para conseguir viajar, dúvido q vcs teriam uma solução... passei 4 anos dando balão, mas agora nesse realmente terei q ser ''UM DESENHO ANIMADO'' e realizar o impossível!!! Depois do carnaval conto p vcs se consegui!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkk
ROGGERI, não esqueça de me passar sua odisséia por e-mail. Se for boa, eu publico. Boa sorte!!!
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